Mancha: Documento de presidente virou troféu e gerou emboscada contra Máfia
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A emboscada da Mancha Alviverde que culminou em uma morte e 17 feridos da Máfia Azul teve como combustível uma provocação de cruzeirenses que perdurou por dois anos. O UOL apurou que a Polícia Rodoviária Federal atribuiu o atentado à organizada palmeirense.
O que aconteceu
Em 2022, o presidente da Mancha, Jorge Luis Sampaio, foi espancado pela Máfia Azul. A briga também ocorreu em uma estrada, mas no interior de Minas Gerais.
Imagens do principal líder palmeirense ensanguentado e agredido pelos cruzeirenses viralizaram. Em uma das filmagens, um integrante dá a entender que o está livrando da morte: "Você vai voltar vivo porque nós temos ideologia", disse.
Na ocasião, os cruzeirenses roubaram documentos de Jorge Luis. Desde então, em todos os jogos que o Cruzeiro atuava em São Paulo, a organizada mineira levava a identidade do presidente da Mancha e o exibia como um troféu, ironicamente, nas redes sociais.
O deboche instigou ainda mais os palmeirenses a arquitetarem o plano da emboscada, que foi costurado detalhadamente até acontecer na manhã deste domingo (30).
Um morto e 17 feridos
A emboscada deste domingo (27) deixou um homem de 30 anos morto e 17 feridos e reuniu cerca de 120 torcedores de Palmeiras e Cruzeiro em Mairiporã, no interior de São Paulo, segundo a Polícia Rodoviária Federal. Durante a confusão, um ônibus foi incendiado e a rodovia Fernão Dias chegou a ficar interditada no sentido Belo Horizonte.
Ainda segundo as autoridades, todas as vítimas são torcedores do Cruzeiro. Quinze vítimas foram levadas ao Pronto Socorro Anjo Gabriel, em Mairiporã, e três encaminhadas ao Hospital de Franco da Rocha. Sete pessoas sofreram traumatismo craniano e um homem teve uma lesão por arma de fogo no abdômen, mas não corre risco de morrer.
Os agressores fugiram antes da chegada da polícia. Entre os feridos, estava José Victor Miranda, de 30 anos, que foi levado ao hospital, mas acabou morrendo durante o atendimento. Ele deixa um filho de sete anos.
A briga teria começado por volta de 5h20 no quilômetro 65 da Fernão Dias, próximo ao túnel de Mairiporã. Dois ônibus com torcedores de Palmeiras e Cruzeiro se encontraram, fecharam a rodovia e partiram para a confusão com pedaços de madeira e bombas caseiras.