Revelado pelo Santos, o zagueiro Sabino, do São Paulo, relembrou sua saída do clube após polêmica em renovação de contrato. Em entrevista ao UOL, ele detonou a forma como foi tratado e classificou como "covardia".
O que aconteceu
Sabino estava emprestado ao Coritiba e retornou ao clube no início de 2021. Com vínculo até setembro de 2022, o Peixe renovou o contrato até janeiro de 2025.
No entanto, o acordo tinha sido feito em forma de pré-contrato pelo presidente em exercício Orlando Rollo, que tinha assumido após José Carlos Peres ser afastado. O episódio foi só um das inúmeras confusões entre os dois durante a gestão Peres, que chegou a ter impeachment aprovado em conselho, mas reprovado pelos sócios.
Rollo rejeitou a proposta do Kashiwa Reysol (JAP) e acertou um novo contrato com o zagueiro com vencimentos na casa dos R$ 200 mil, um aumento substancial, que passaria a valer a partir do retorno ao Peixe. Ao saber dos valores, o recém-eleito presidente Andres Rueda procurou o atleta para renegociar o contrato e diminuir os valores, mas não houve acordo.
O reflexo da administração se reflete no campo. Infelizmente, aconteceu o que aconteceu com um clube como o Santos. O que fizeram comigo lá foi uma covardia. Não esperava. O cara que assumiu lá sabia de todas as condições do meu contrato. Para ir para a CBF precisa da assinatura do presidente, então ele assinou. Se ele tinha essa intenção de redução de salário, devia ter falado comigo antes, não depois que fez a confusão Sabino
O Santos, então, passou a buscar a rescisão contratual e um novo clube para Sabino. O desfecho foi a liberação para o Sport, onde o defensor recomeçou.
Eu não gosto dessa palavra injustiçado. Entendo que um clube como o Santos precisa de jogadores extrema qualidade. Eu não diria injustiçado, mas diria que foi uma situação que eu não esperava pelo tempo que eu tinha de clube e pela forma que foi. Quando sai do Coritiba, eu tinha proposta para ir para o Japão e o Santos não me liberou, renovou meu contrato por cinco anos.
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