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Tio de Paquetá ganha habeas corpus no STF para ficar em silêncio na CPI

Paquetá se lamenta após perder pênalti em Paraguai x Brasil, duelo da Copa América Imagem: Ian Maule/Getty Images

Bruno Tolentino, tio do meia Lucas Paquetá, conseguiu um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) que dá a ele o direito de ficar em silêncio no depoimento à CPI das Apostas, no Senado.

A decisão favorável a Bruno Tolentino foi concedida pelo ministro Nunes Marques.

A defesa argumentou — e o ministro concordou — que o depoimento de Bruno Tolentino, na verdade, não seria apenas como testemunha, mas como "coinvestigado".

Bruno foi convocado, e por isso é obrigado a comparecer. A convocação se deu após o UOL mostrar que ele e o filho, Yan, fizeram depósitos totalizando R$ 40 mil na conta do atacante Luiz Henrique, à época no Bétis. O jogador atualmente defende o Botafogo.

O tio de Paquetá admitiu ao UOL os depósitos e disse que não se tratava de algo relacionado a apostas e, sim, o pagamento de empréstimo. Tolentino disse que já apostou (e ganhou dinheiro) em eventos de Luiz Henrique e do próprio sobrinho, mas sem informação privilegiada.

Em face do exposto, concedo, em parte, a ordem de habeas corpus para garantir ao paciente: o direito ao silêncio, a não assumir o compromisso de falar a verdade (em razão da condição de investigado e não de testemunha), à assistência de advogado e a não sofrer constrangimentos físicos ou morais decorrentes do exercício desses direitos. Nunes Marques, ministro do STF

Mais habeas corpus

A decisão segue entendimentos recentes da Suprema Corte. Há medidas em vigor, inclusive, com outros dois convocados pela CPI, a influenciadora Deolane Bezerra e o CEO da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho.

Deolane e Darwin estão convocados para esta terça-feira (29). Já Bruno Tolentino, e o próprio Paquetá, estão agendados para a reunião de quarta-feira (30).

Paquetá tentou adiar a presença na CPI, pedindo que ela só acontecesse em dezembro, depois de enviar a defesa à Federação Inglesa.

O jogador é acusado de ter tomado cartão propositalmente em quatro partidas da Premier League para influenciar o mercado de apostas.

O alerta em relação ao quarto jogo dele (West Ham x Aston Villa) foi emitido por empresas de monitoramento em uma aposta casada com uma partida de Luiz Henrique (Bétis x Villarreal), em 11 de março de 2023.

A Federação Inglesa, inclusive, apura se há envolvimento de pessoas próximas a Paquetá. Bruno Tolentino é um deles.

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