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Atlético segura pressão, cala caldeirão do River e vai à final após 11 anos

Do UOL, em São Paulo

29/10/2024 23h43

Classificação e Jogos

O Atlético-MG fez valer a larga vantagem de 3 a 0 construída no jogo de ida, segurou com valentia um empate por 0 a 0 com o River Plate em Buenos Aires e calou os argentinos ao carimbar seu retorno à final da Libertadores depois de 11 anos.

O abarrotado Monumental de Núñez, transformado em caldeirão, não intimidou o Galo. O time de Gabriel Milito mostrou organização defensiva na etapa inicial e contou com a inspiração de Everson no 2° tempo para manter o marcador zerado. Os mineiros, com Scarpa e Deyverson, ainda carimbaram a trave e fizeram Armani trabalhar.

A decisão da Libertadores terá, se não houver milagre, dois brasileiros: o Botafogo, que goleou o Peñarol por 5 a 0 na semana passada, joga nesta quarta (30) para confirmar sua vaga.

Como foi o jogo

O 1° tempo teve um Galo sólido diante de um River apressado. Os donos da casa ensaiaram uma pressão e finalizaram 15 vezes à meta defendida por Everson, mas o goleiro atleticano, que tomou amarelo por cera em uma cobrança de tiro de meta, não precisou operar nenhum grande milagre na primeira metade do jogo. Deyverson teve a melhor chance por parte dos visitantes, mas tentou driblar Armani, sem sucesso, e foi ignorado ao pedir pênalti.

Na etapa final, a bola na trave de Scarpa abriu a série dos lances, de fato, perigosos. O problema para os comandados de Marcelo Gallardo é que o trio de zaga mineiro mostrou muita atenção, e Everson, quando acionado, protagonizou pelo menos três milagres e fechou o gol.

Lances de destaque

Gritaria, fumaça e tensão. O duelo atrasou quase 20 minutos para começar por dois motivos: pela demora na chegada do ônibus do Atlético-MG ao Monumental de Núñez e pela festa feita pela torcida local, que transformou o estádio em um verdadeiro caldeirão e exagerou com objetos arremessados no campo. Wilmar Roldán só apitou, de fato, às 21h49 (de Brasília).

Torcedores fizeram festa nas arquibancadas do Monumental de Núñez antes de bola rolar Imagem: Marcelo Endelli/Getty Images

River ao ataque. Scarpa até protagonizou a primeira finalização do jogo para os brasileiros, mas foram os argentinos os responsáveis pelos sustos iniciais, explorando, principalmente, os cruzamentos para a área. Paulo Díaz obrigou Everson a trabalhar, e Solari errou o alvo.

Tentativas de longe. Aos poucos, os visitantes conseguiram proteger o amarelado Everson com uma linha defensiva organizada e combativa. A solução foi apostar em chutes de fora da área: Colidio, Meza e Simón, todos perto da casa dos 30 minutos, arriscaram e deixaram engasgado o grito de gol do torcedor.

Simón se lamenta após desperdiçar finalização em River x Atlético-MG Imagem: Marcelo Endelli/Getty Images

Reclamação aqui, reclamação ali. Wilmar Roldán virou centro das atenções em dois lances praticamente seguidos pouco antes do intervalo. A polêmica começou quando Deyverson aproveitou bobeada de Kranevitter e, cara a cara com Armani, caiu ao tentar driblar o goleiro e gritar de dor. Logo depois, Meza alegou ter sido derrubado por Lyanco dentro da área — em ambas as ocasiões, o árbitro mandou o jogo seguir.

Deyverson infernizou zagueiros do River Imagem: Marcelo Endelli/Getty Images

Galo bica, mas para na trave (e em Armani). O Atlético-MG continuou ligado no início do 2° tempo e, por capricho, não balançou as redes em uma escapada pela direita: Scarpa recebeu passe açucarado de Hulk e, de primeira, carimbou o travessão — no rebote, Deyverson bateu com a perna esquerda e viu Armani, mesmo que de maneira atrapalhada, evitar o que seria o 1 a 0 já em cima da linha.

Everson se agiganta. Gallardo resolveu fazer três trocas de uma vez em meio à falta de agressividade do River, e um dos acionados jogou fora uma grande oportunidade: Echeverri. Minutos depois de entrar, o atacante recebeu lindo passe de Borja, cortou Junior Alonso dentro da área e, cara a cara com Everson, parou no goleiro. O brasileiro se agigantou novamente minutos depois, tanto em cabeçada de Villagra quanto em chute do próprio Echeverri.

Everson, do Atlético-MG, se destacou no 2° tempo do jogo contra o River Plate Imagem: Daniel Jayo/Getty Images

Pressa em vão. Os minutos finais tiveram um River, comandado por Pitty Martínez, totalmente acelerado e explorando escanteios diante de um Galo forte e vingador, que segurou a blitz e ignorou a provocação até o apito final para voltar, depois de 11 anos, a protagonizar uma decisão de Libertadores.

FICHA TÉCNICA
RIVER PLATE 0x0 ATLÉTICO-MG

Data e horário: 29 de outubro de 2024, às 21h45 (de Brasília)
Competição: volta da semifinal da Libertadores
Local: Monumental de Núñez, em Buenos Aires (ARG)
Árbitro: Wilmar Roldan (COL)
Assistentes: John León (COL) e Richard Ortiz (COL)
VAR: Carlos Orbe (EQU)
Cartões amarelos: Lyanco, Everson (CAM)
Cartões vermelhos: não houve
Gols: não houve

ATLÉTICO-MG: Everson; Lyanco (Saravia), Battaglia e Junior Alonso; Scarpa, Fausto Vera, Alan Franco e Arana (Vargas); Paulinho (Otávio), Hulk e Deyverson (Rubens). Técnico: Gabriel Milito

RIVER PLATE: Armani; Bustos, Pezzella, Paulo Díaz e Acuña; Simón (Echeverri), Kranevitter (Villagra) e Meza; Solari (Mastantuono), Borja (Bareiro) e Colidio (Pitty Martínez). Técnico: Marcelo Gallardo

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