Mancha: racha começou pelo Corinthians e fez Leila mudar nome do cachorro

O racha entre a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e a Mancha Verde começou logo no início do mandato em 2022, muito antes do veto e do pedido de prisão preventiva de líderes da organizada após emboscada contra a Máfia Azul, do Cruzeiro.

O que aconteceu

O rompimento de Leila Pereira com a Mancha Verde e as demais organizadas do Palmeiras foi definitivo. A presidente recebeu ameaças de morte, o que a levou a prometer à mãe que não falaria mais das torcidas para evitar retaliações.

Leila até mudou o nome de seu cachorro, que se chamava "Mancha", para não ter nenhum vínculo com a organizada.

A postura é bem diferente de quando Leila e Mancha se conheceram. Ela investiu na escola de samba e financiou viagens da torcida antes da relação ruir logo no início do mandato, em janeiro de 2022.

A empresária anunciou Olivério Júnior como diretor de comunicação, e a Mancha exigiu a saída. O assessor é ligado ao Corinthians e seus personagens, como o ex-presidente Andrés Sanchez e o ex-chefão da MSI e empresário Kia Joorabchian.

Olivério pediu para sair do clube, mas Leila o manteve Olivério como assessor pessoal. A partir dali, a relação nunca mais foi saudável com a organizada.

Uma trégua foi ensaiada no Mundial de Clubes, em 2022. Leila doou R$ 200 mil para o grupo acompanhar o Palmeiras no torneio em Abu Dhabi.

A Mancha Verde diz ter recusado o dinheiro. Leila afirma ter pedido a quantia de volta. O racha estava desenhado.

Desde então, o tom só subiu. Em setembro de 2023, a presidente ficou irada com o atacante Breno Lopes, agora no Fortaleza. Ele descumpriu uma ordem e foi até a Mancha Verde pedir desculpa por ter mostrado o dedo do meio em direção ao setor onde fica organizada no Allianz. Leila havia apoiado o atleta publicamente e pedido para ele seguir a vida.

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Em outubro do ano passado, a presidente disse que os torcedores organizados são o "câncer do futebol brasileiro" após pichações e disse que a Crefisa processaria a Mancha Verde.

Em agosto deste ano, Leila Pereira repudiou o que chamou de invasão de torcedores organizados na Academia de Futebol.

Não houve tentativa de invasão, foi invasão. A determinação da presidência é que é um ambiente de trabalho e ninguém conversa com invasores. Invasores conversam com a polícia, porque isso é crime. Nós não conversamos com criminosos, deixamos para a polícia. A polícia tirou os invasores e nossos advogados vão cuidar do caso.
Leila, ao Prime Vídeo

Neste momento, a presidente reafirma a posição de não falar mais sobre as organizadas. O Palmeiras, em nota oficial, repudiou o ataque contra a Máfia Azul no último domingo (27).

A Sociedade Esportiva Palmeiras repudia as cenas de violência protagonizadas na Rodovia Fernão Dias, na manhã deste domingo. O futebol não pode servir como pano de fundo para brigas e mortes. Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor.

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