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Ramón teima em gol perdido de Garro, vê trabalho 'excelente' e aponta erro

Técnico do Corinthians falou ao menos cinco vezes sobre lance envolvendo Garro Imagem: JUAN MABROMATA / AFP

Do UOL, em São Paulo

01/11/2024 00h38

Classificação e Jogos

O técnico Ramón Díaz, do Corinthians, insistiu no gol perdido por Garro ao falar sobre a eliminação para o Racing, em jogo da Sul-Americana que acabou em 2 a 1 para os argentinos. Ele ainda apontou o 2° gol dos mandantes como um "erro grave" e classificou seu trabalho à frente do alvinegro como "excelente".

O que ele falou

Raio-X do jogo. "No 1° tempo, fizemos um jogo muito bom. Em um momento de ocasião muito clara, com o Garro, poderia ser uma partida diferente. São poucas vezes que há chances tão claras como a que tivemos. Isso, às vezes, dá o resultado. No 2° tempo, fizemos uma equipe mais ofensiva, mesmo sabendo que poderíamos perder o meio. O Memphis, no 2° tempo, sentiu muito cansaço porque, lamentavelmente, teve que jogar as últimas partidas — necessitávamos dos pontos no Brasileirão. Temos que corrigir o gol que tomamos no 2° tempo: em um jogo tão importante, cometer um erro tão grave custa o jogo. Tivemos mais dificuldade de chegar, não fomos muito claros."

Lance de Garro. "Para ter situações, é preciso criar e ter muita mobilidade, como fizemos no 1° tempo com o gol e a ocasião que tivemos. Em Copas, você não tem tantas situações. Eles também tiveram poucas chances de gol. São momentos em que precisamos resolver. Tivemos a chance de fazer o 2° gol, e não pudemos fazer. É preciso saber jogar. Entre os gols, cometemos um erro muito grave que nos custou a classificação."

Garro parou em Arias durante Racing x Corinthians, jogo da Sul-Americana Imagem: Marcelo Endelli/Getty Images

Há culpados? "A responsabilidade é sempre do treinador, como sempre falei desde quando cheguei aqui. A única coisa que me pediam era que nos salvássemos. Montamos uma equipe competitiva que foi bem em duas Copas. Chegamos às semifinais. Queríamos a final, mas não conseguimos. Faz parte do jogo. Faz três meses que temos uma equipe completamente nova. Pudemos trabalhar, mas jogamos a cada três dias. Estamos contentes com o que fizemos. Competimos até o último minuto. Tivemos uma grande chance de fazer 2 a 0, mas não pudemos fazer."

Próximos passos. "Vamos trabalhar com o tempo que temos, em breve tem jogo do Brasileirão. É preciso recuperar animicamente, fisicamente, mentalmente. A recuperação tem que ser rápida porque os compromissos também são. Queríamos a final porque sabíamos que o Corinthians ainda não ganhou este torneio, era uma oportunidade importante. Mas, no futebol, ter chances e não concretizar... Vamos seguir lutando."

Ramón Díaz, técnico do Corinthians, durante jogo contra o Racing Imagem: Daniel Jayo/Getty Images

Pressão no cargo? "Tenho contrato até o fim do ano que vem. Entendeu o que te respondi? Diga a ele [jornalista] que tenho contrato até o fim de 2025."

Trabalho é ruim? "Creio que o trabalho que estamos fazendo, não só os jogadores e nem só comissão, mas todo mundo, é excelente porque competimos. Me chamaram para salvar a equipe. O grupo teve capacidade para poder competir na Copa do Brasil e na Sul-Americana. É um time novo, temos três meses com este formato. Tivemos sorte que, pelas características da equipe, pudemos ganhar jogos importantes do Brasileirão para sair do Z4. É o objetivo que temos. Os jogadores, pela capacidade, ainda conseguiram brigar por duas competições que não estavam nos planos."

Coronado. "Vocês mesmo diziam, muitas vezes, que o Coronado tinha que jogar. Nestes últimos dias, utilizamos ele: hoje e na Copa do Brasil, mas ele não teve o rendimento que todos queremos pela qualidade que tem."

Azar e erros. "Quando jogamos este tipo de partida, é preciso ter tranquilidade e jogar futebol. A pressão que colocamos no começo acabou surpreendendo eles. Depois, defensivamente, é preciso estar muito bem para fazer com que eles não cheguem. Tivemos azar com o 1° pênalti, que pode acontecer e nos tirar do foco. Depois, cometemos um grande erro no 2° gol: houve um grande descontrole. Esta experiência vai servir a muitos jogadores para saber que, em Copas, se joga diferente. É preciso estar 100% mentalmente. É uma experiência nova para o Corinthians e para estes jogadores que chegaram há pouco tempo. É um clube que tem que se reorganizar para seguir competindo. O objetivo é sair o mais rápido da zona de rebaixamento."

Garro (de novo). "Foi uma ocasião tão clara e fácil, cara a cara com o goleiro... não fizemos. Quando eles tiveram a chance, concretizaram. Foi uma lástima, faltou a definição. Mas quero também parabenizar os jogadores pelo esforço enorme, competindo em todos os sentidos, não é fácil jogar nesta situação. Passei por isso no Vasco no ano passado e sei que é muito difícil. A equipe não tem a tranquilidade, falta essa paciência para saber quando temos que definir rápido para poder passar, mas faz parte do futebol. O Corinthians tem um potencial enorme, é preciso seguir trabalhando."

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