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Justiça solta 10 torcedores do Peñarol presos, mas proíbe saída do Brasil

Torcedores do Peñarol presos na Cidade da Polícia entram em camburão para audiência de custódia Imagem: Bruno Braz / UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

05/11/2024 18h22Atualizada em 05/11/2024 18h42

Classificação e Jogos

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu, na tarde desta terça-feira (5), soltar dez dos 21 torcedores do Peñarol presos após confusão na praia do Recreio, na Zona Oeste (RJ), na semana passada. As prisões preventivas destes foram substituídas por medidas cautelares, que preveem a proibição de deixar o Brasil e de frequentar estádios, além da obrigação de comparecer ao juizado de dois em dois meses.

O que aconteceu

A decisão partiu do juiz Marcello Rubioli, do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos. Entre os argumentos, alegou a demora do Ministério Público no oferecimento da denúncia, o que extrapolou o prazo da prisão preventiva.

Os 11 que seguem presos em Bangu 8, no Complexo de Gericinó (RJ), ainda terão seus casos avaliados. Foram soltos Michael Nicolas, Federico Gonzalez, Santiago Facundo Sacremento, José Telechea, Santiago Zapata, Carlos Ramiro Tamborideguy, Felipe Pedrini, Lautaro Machado Raimondi, Luis Antonio Cursio e Jorge Lúcio da Silva Lima.

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Veja o trecho da decisão

"Isto posto, determino a renovação de vista ao MP, face a pecha indicada na fundamentação, e substituo a prisão preventiva decretada aplicando, aos autuados, as seguintes cautelares substitutivas de prisão:

- Comparecimento bimestral à sede do Juizado do Torcedor e Grandes Eventos para justificar suas atividades;

- Proibição de acesso ou frequência a espetáculos esportivos e;

- Proibição de deixar o país até o julgamento do feito.

Expeça-se alvará de soltura e mandado de acompanhamento de medidas cautelares no sistema BNMP 3.0, procedendo-se o competente cumprimento, não se olvidando a indicação de endereço de domicílio no país".

Recreio vira praça de guerra e 21 foram presos

Torcedores do Peñarol transformaram a orla do Recreio em uma verdadeira praça de guerra. Os uruguaios saquearam um quiosque, uma padaria, atearam fogo em motos, depredaram carros e entraram em confronto com banhistas e policiais militares munidos de pedras, mesas e cadeiras.

Um dos ônibus dos uruguaios também ficou em chamas. O Corpo de Bombeiros foi acionado para apagar o fogo.

Ao todo, 283 pessoas foram detidas após a chegada do Batalhão de Choque. Um revólver foi encontrado em um dos ônibus.

Em audiência de custódia na última sexta (25), a Justiça converteu para preventiva a prisão de 21 uruguaios. Eles foram para o presídio de Bangu 8, no Complexo de Gericinó (RJ). Os 11 que ainda permanecem detidos seguem por lá.

Os torcedores do Peñarol foram autuados por diversos crimes: porte de arma, racismo, roubo, associação criminosa, incêndio, dano qualificado e resistência à prisão. Além disso, responderão também por artigos do Estatuto do Torcedor.

Os demais detidos na quarta (23) - cerca de 260 - foram escoltados no mesmo dia até a divisa do Rio. Eles também responderão por artigos do Estatuto do Torcedor.

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