Filipe Luís se adapta, e Flamengo aposta em meio forte para ser campeão
Filipe Luís tem oito jogos à frente do Flamengo como treinador. Mas em cada um deles precisou se adaptar para extrair o que de melhor poderia da equipe. Para o duelo mais importante do ano, ele aposta em um meio-campo forte para evitar o jogo aéreo e tentar frear o poderio ofensivo do Atlético-MG. Os times se enfrentam às 16h (de Brasília), na Arena MRV.
O que aconteceu
Filipe tenta montar um Flamengo mais precavido em algumas áreas. Uma delas é o jogo aéreo, o que faz com que o treinador ainda tenha dúvidas sobre Bruno Henrique ou Michael no ataque ao lado de Gabigol. O camisa 27 dá mais força pelo alto.
A volta de Erick Pulgar ajuda nesse sentido. Ele abre mão do trio ofensivo que funcionou na partida de ida para resguardar a equipe defensivamente com o chileno e Evertton Araújo. A ideia, a princípio não é abrir mão de jogar para segurar o resultado.
Um foco do Flamengo para a final foi caprichar mais nas finalizações. Correr riscos é uma filosofia de jogo, mas, especialmente jogando com vantagem, Filipe Luís quer eficiência na frente. O rubro-negro aposta na maturidade para fazer um bom jogo fora de casa, mas não pensa de início em mudar a mentalidade.
O Fla está acostumado a decidir os grandes jogos fora nesta Copa do Brasil. Contra o Palmeiras, a equipe jogou mal e até perdeu, mas a vantagem da ida classificou para a próxima fase. Diante do Corinthians, o empate foi considerado heroico diante da expulsão de Bruno Henrique ainda no primeiro tempo.
Agora, Filipe Luís aposta em uma formação diferente para aproveitar a vantagem e sair campeão. O Flamengo pode perder por até um gol que levantará a taça.
Diante do Corinthians, foram dois jogos completamente diferentes. No Maracanã, Filipe conseguiu implementar duas mudanças fundamentais para ter domínio e muitas chances. A compactação do time e a melhora com Léo Ortiz e Gabigol nas posições de origem. Na Neo Química, mudou tudo. Com o vermelho de Bruno Henrique, o treinador ousou e ficou sem atacantes no campo. Com isso, obrigou o adversário a ter a bola (e não saber o que fazer com ela).
No primeiro jogo da final, o Flamengo se adaptou de novo. Contra um dos melhores times da temporada, Filipe Luís implementou uma equipe com saída de bola mais rápida e velocidade dos pontas. Mesmo com os desfalques, deu certo. Apenas um erro de Léo Ortiz no fim impediu o Fla de sair com uma vantagem significativa.
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