Léo Ortiz cita Kobe Bryant e diz que pessoas 'esquecem' que ele é zagueiro
Léo Ortiz citou Kobe Bryant e disse que as pessoas às vezes esquecem das características dele como zagueiro diante da facilidade de ajudar o ataque.
O que aconteceu
Léo Ortiz é muito elogiado pela capacidade técnica, mas também quer ser reconhecido pelo que faz como zagueiro, apenas em questões defensivas.
Ortiz impressiona o técnico Dorival Júnior pela ajuda na construção, com passes e lançamentos de meio-campista. Isso o ajudou a chegar na seleção.
O zagueiro do Flamengo também citou Kobe Bryant, seu ídolo, na entrevista no Barradão.
Tenho essa característica de construir o jogo, é um dos motivos de me destacar, que talvez tenha me feito chegar na seleção, mas as pessoas esquecem um pouco da parte defensiva, que é o principal. Hoje no futebol moderno temos muitos zagueiros que jogam e defendem bem, quem participa muito da construção às vezes é esquecido pela defesa. Tenho características defensivas que me fazem destacar também
[Kobe] é um ídolo, acompanho muito o basquete, procuro documentários, livros, frases, treinamentos, para agregar. Tenho tatuagem e pude fazer a foto como homenagem a um ídolo meu
Veja outros trechos da entrevista coletiva de Léo Ortiz
Experiência com a seleção
"Muito feliz de estar voltando à seleção, é a quarta oportunidade de estar aqui. A interação é importante para crescer, não apenas com os vinculados ao Flamengo, meu clube hoje, mas tive boa conversa com Marquinhos, com o experiente Danilo. Isso tudo pode agregar muito de experiência dentro e fora de campo para crescer. Não existe idade-limite para absorver conhecimento. É importante vir, participar dos treinos e ficar à disposição, mas também absorver o que pode me fazer crescer como atleta".
Retrospecto recente contra o Uruguai
"Jogo sempre marcante, histórico. Talvez o mais histórico do continente depois da Argentina. Jogo sempre duro, difícil. Acredito que estamos muito preparados. Histórico recente não é bom, mas retrospecto sempre foi bom contra eles. Aqui em Salvador, com essa invencibilidade, espero que terminemos o ano com uma grande vitória dentro de casa">
Uruguai à frente na tabela
"É sempre um adversário muito complicado, que luta até o final, representaram bem isso contra a Colômbia. Sofreram empate nos acréscimos e ainda assim ganharam. É manter a evolução dos últimos jogos, mesmo sem ganhar no último jogo, mas tivemos performance e situações para vencer. Resultados vão saindo com a performance, então temos que manter isso para vencer o Uruguai, um rival que batalha muito, mas que também tem muita qualidade técnica".
Privilégio
"Vi no US Open e trouxe para a minha vida. A pressão é um privilégio. Tenho que estar acostumado com isso, estou no maior clube e vim de novo para a maior seleção. É um privilégio estar aqui e vestir essa camisa. Temos que trazer isso para fazer grandes jogos pela seleção".
Expectativa pela estreia
"Sempre tem uma certa ansiedade, mas meu trabalho é vir, me preparar e estar à disposição do Dorival. Não tive oportunidade ainda, mas meu trabalho é diariamente mostrar nos treinos que tenho condição para estrear. Pode ser como titular durante o jogo, minha mentalidade é estar aqui e me preparar para estrear a qualquer momento".
Elogios sobre a técnica x Léo "zagueiro zagueiro"
"Tenho essa característica de construir o jogo, é um dos motivos de me destacar, que talvez tenha me feito chegar na seleção, mas as pessoas esquecem um pouco da parte defensiva, que é o principal. Hoje no futebol moderno temos muitos zagueiros que jogam e defendem bem, quem participa muito da construção às vezes é esquecido pela defesa. Tenho características defensivas que me fazem destacar também".
Kobe Bryant
"É um ídolo, acompanho muito o basquete, procuro documentários, livros, frases, treinamentos, para agregar. Tenho tatuagem e pude fazer a foto como homenagem a um ídolo meu".
Zagueiro que foi volante - existe essa possibilidade?
"Acredito que tenha me trazido como zagueiro, conversamos sobre isso. Era a vaga do Militão. É zagueiro mesmo, mas ele acompanhou o que eu construí como volante em boa parte da temporada, agora com André fora ele conversou se eu poderia fazer essa situação de 5, como fiz há pouco tempo no Flamengo. Falei que faria se fosse necessário, que posso ajudar onde for, em qualquer posição. Me coloquei à disposição no meu clube e aqui se for necessário também".
Como mostrar que é útil sem jogar?
"Temos jogadores que estão há mais tempo, com lastro maior de amostragem e ficam um pouco à frente, mas nunca se acomodam, mantém nível alto tanto Marquinhos como Magalhães, assim como o Militão antes da lesão. Surgem vagas de terceiro ou quarto zagueiro. Não costumo pensar muito na frente e nem no que os outros fazem, mas sim no que eu posso construir e no que pode fazer eu voltar à seleção. É continuar evoluindo, deixar de cometer erros, acertar mais. Isso fará meu trabalho ser reconhecido. Não posso me comparar, é crescer como jogador, sem me comparar".
Concorrência com Fabrício Bruno e a vaga na seleção
"Foram vários motivos que me fizeram ir ao Flamengo. Um era brigar por títulos, outro era voltar à seleção. Os dois objetivos se juntavam em algum momento. Disputar títulos te coloca numa vitrine maior, se olha com mais carinho, e oportunidade surge de voltar. No meio disso ocorreram convocações merecidas do Fabricio pelo que construiu neste ano, outros poderiam merecer estar aqui. A seleção é o último alcance, poucos recebem oportunidade. São quatro zagueiros e sabemos de muito mais que poderiam estar aqui. Voltei à posição de origem com o Filipe, e já logo poder ser campeão e reconhecido com a convocação. Feliz por tudo que construí com a finalidade de chegar e voltar à seleção".
Impressão de quem chegou agora
"Estar aqui na seleção é sempre ter pressão, pude vir numa Copa América e Eliminatórias, sempre tem pressão, independentemente da posição. Se está em primeiro pedem para estar ainda melhor, estando em quarto cobram para estar em primeiro. É um grupo que trabalha, que luta para voltar a estar onde a seleção tem que estar. Empatamos, mas tivemos performance e assim os resultados vão aparecer. Tem Uruguai, Colômbia e Argentina, nossos principais adversários pela primeira posição teoricamente. Longe da próxima data Fifa, mas dependendo dos resultados podemos estar na primeira colocação. Antes é pensar e vencer o Uruguai, jogo da Colômbia pode nos colocar na segunda posição e toda a visão de fora já melhoraria".
Consolidação do trabalho
"Pensamento total é vencer o Uruguai e ficar mais perto da primeira colocação. O que faz a confiança voltar é performance, desempenho, a gente vem mostrando isso. E performance trará resultado em algum momento. Sem isso, uma vitória sem jogar bem não dá confiança e pode enganar. Performance com desempenho vai fazer os resultados virem e vamos brigar pela primeira posição".
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.