A presidente Leila Pereira, do Palmeiras, explicou situação que criou "racha" com a torcida organizada Mancha Verde. Ela comentou sobre isso durante a entrevista com a colunista do UOL Alicia Klein.
Eles entenderam que eles poderiam administrar o Palmeiras junto comigo. Aí não é possível. Eu não posso deixar que uma parte da torcida do Palmeiras diga: 'Ó, esse tem que ficar, esse tem que sair'. Não é assim. Aí eu conversei com eles. E aí começou, eles não entendiam, e aí eu resolvi: 'Então chega, vocês ficam pra lá, torcedor tem que torcer'. Administradora do Palmeiras sou eu, eu fui eleita.
Leila Pereira ao UOL
A empresária relatou ameaças feitas por torcedores, e mágoa por "desrespeito". Leila ainda falou sobre sua "medida protetiva" contra a torcida.
Foi uma coisa muito triste. Eu sempre respeitei todos os torcedores. Sempre tratei de uma forma igualitária. E aí começaram a ter ameaças muito fortes, muito sérias. Aí eu tenho uma medida protetiva. Não é contra a torcida organizada. E eu decidi que eles ficam pra lá, e eu fico pra cá, não me envolvo. Aliás, mesmo antes, nas gestões anteriores, sempre houve um afastamento da torcida organizada. A gente trata o torcedor como um todo. Nós temos milhões de torcedores. Então, depois dessas ameaças, eu achei uma coisa muito séria.
A presidente do Palmeiras aparece em imagens com a camisa da Mancha Verde, que também tem relação com a escola de samba. Leila contou que aproximação com a organizada aconteceu devido a relação próxima com a escola, quando ainda era apenas patrocinadora. "Nunca tive problema absolutamente nenhum. Tanto eles com a gente, quanto a gente com eles. O que acontece: conselheira, duas vezes, fui eleita presidente do Palmeiras. A coisa virou, sabe?"