Vice-governador de MG pede torcida única em Cruzeiro X Palmeiras após briga
Do UOL, em São Paulo
18/11/2024 09h43
Classificação e Jogos
Mateus Simões, vice-governador de Minas Gerais, pediu para que o jogo entre Cruzeiro e Palmeiras, pela penúltima rodada do Brasileirão, tenha torcida única. A solicitação acontece cerca de um mês após uma briga envolvendo as torcidas de ambas as equipes, que culminou na morte de um cruzeirense.
Fizemos pedidos aos responsáveis que o jogo seja de torcida única. Se isso não for atendido, que, infelizmente, não somos nós que tomamos essa decisão, nós vamos judicializar, para impedir que a torcida do Palmeiras frequente o estádio. Mateus Simões, vice-governador do MG, em coletiva no Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP)
Não temos problema com a torcida do Palmeiras. Estamos a menos de um mês do assassinato de um mineiro, torcedor do Cruzeiro, da torcida organizada, por membros da torcida organizada do Palmeiras. E não se pode permitir que isso seja trazido para cá, como mais um episódio dessa situação triste que o futebol brasileiro e do qual Minas Gerais não vai ser parte.
O que aconteceu
Cruzeiro e Palmeiras devem se enfrentar na primeira semana de dezembro, com mando mineiro. A CBF ainda não confirmou a data e horário da partida pela 37ª rodada.
O DHPP investiga a emboscada da Mancha Verde a ônibus de torcedores da Máfia Azul. Até o momento, um suspeito foi preso e seis seguem foragidos.
O incidente que aconteceu no início da manhã de 27 de outubro envolveu cerca de 150 torcedores de Palmeiras e Cruzeiro. O caso foi inicialmente registrado na Delegacia de Mairiporã (SP), que apreendeu imagens de monitoramento e solicitou exames de IML às vítimas.
Uma parte dos responsáveis pelas agressões que mataram um homem e feriram outros 17 foi identificada pela Polícia Civil do estado de São Paulo. A identificação aconteceu através da emissão de sinais dos celulares dos suspeitos e imagens de câmeras de segurança da rodovia.
As investigações, porém, caminham a passos lentos. O DHPP trata o caso como complexo, já que o trabalho policial necessário demanda mais investigação e a realização de novas diligências, como mandados de busca e apreensão, para então embasar novas ações.