O camisa 10 que corre pelos outros: Raphinha faz tudo e joga até de lateral
Raphinha vestiu a camisa 10 da seleção brasileira, mas passou longe de ser aquele armador que vê os outros correndo por ele.
O que aconteceu
Destaque e capitão do Barcelona, Raphinha foi "sacrificado" no empate com o Uruguai, na Fonte Nova, pela 12ª rodada das Eliminatórias.
No primeiro tempo, Raphinha correu pelo Vini Jr. O meia marcou o lado esquerdo enquanto o atacante ajudou menos na defesa.
Na etapa final, Raphinha virou lateral-esquerdo. Quando o Uruguai abriu o placar, Dorival Júnior pediu para o armador recuar para o sistema defensivo.
Camisa 10, batedor de faltas e escanteios, assistente de Vini Jr e até lateral. A Data Fifa de Raphinha teve de tudo.
Nova responsabilidade
Raphinha assumiu um novo papel na seleção brasileira. Ele se tornou umas das referências técnicas do elenco e é visto pela comissão técnica como esse cara capaz de desempenhar diversas funções pela equipe.
Esse protagonismo tem a ver com a temporada brilhante que o atleta tem pelo Barcelona, com 15 gols e oito assistências em 20 jogos.
Com Hans-Flick, o ponta Raphinha virou meia e viu seu desempenho crescer. A camisa 10 da seleção não veio por acaso.
Entrevista polêmica
Como um dos líderes da seleção, Raphinha foi escolhido pela CBF para dar entrevista após o tropeço. E deu uma resposta que repercutiu mal ao tentar defender o trabalho feito até aqui.
Melhor em campo que nas palavras, Raphinha disse que a seleção "jogou para c...". Ele entendeu que as vaias na Fonte Nova foram pelo empate, não pelo desempenho.
A vaia acho que é mais por conta do resultado. Na minha opinião, jogamos para caralho. Verdade é que eu estou muito orgulhoso de quem jogou hoje, participou. Pessoal do banco também, estava apoiando. Fizemos todo o possível para sairmos com a vitória, mas o futebol tem dessas coisas, a gente jogou muita bola, temos de sair com a cabeça erguida. Pelo o que fizemos aqui dentro, vai ser difícil ganhar da gente. Raphinha, à Globo