O irmão de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras morta aos 23 anos após levar uma garrafada antes de um jogo contra o Flamengo, acionou a Justiça para receber uma indenização da CBF.
A ação de Felipe Anelli Marchiano é em busca de reparação por danos morais, considerando que a entidade seria a responsável pela segurança da partida no Allianz Parque, em julho de 2023.
O pedido é de R$ 1 milhão de indenização, além de R$ 150 mil de custas processuais.
O caso está no Tribunal de Justiça do Rio e foi distribuído nesta quinta-feira (21). A CBF ainda não foi notificada.
Cobrança sobre CBF e Palmeiras
O processo é similar ao que foi aberto por Felipe contra o Palmeiras, em outubro deste ano, na Justiça de São Paulo. O valor requisitado de indenização, inclusive, é o mesmo.
O irmão de Gabriela processa a CBF considerando o item na Lei Geral do Esporte que trata as entidades esportivas como responsáveis por "promover e manter a paz no esporte".
A petição inicial, a qual o UOL teve acesso, ainda diz que os promotores de eventos esportivos "respondem pela prevenção da violência".
Os advogados de Felipe pontuam que a relação dos irmãos era muito próxima.
"O sofrimento é imensurável pois nunca passaria por seu pensamento em enterrar sua irmã que tinha muitos sonhos e um futuro promissor que foi rompido de uma forma brutal", cita a peça do processo.
O crime
Gabriela foi atingida no lado de fora do estádio, depois de que o portão que separava as torcidas de Flamengo e Palmeiras foi aberto.
Do lado rubro-negro, veio a garrafada. Os estilhaços atingiram o pescoço da torcedora. Gabriela morreu dois dias depois.
O acusado de ter arremessado a garrafa é Jonathan Messias Santos da Silva e foi identificado com ajuda de reconhecimento facial. Ele está preso e aguarda julgamento.
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