Mano Gringo: Americano quer mudar de país para ficar perto do Corinthians
Dorien Rowe vive em Miami, cresceu com referências do basquete e do futebol americano, mas despertou sua paixão no esporte ao conhecer o Corinthians. Aos 36 anos, o "Meu Mano Gringo" — como é chamado nas redes sociais — se declara ao clube brasileiro, visita a Neo Química Arena sempre que pode e tem planos de morar no bairro de Itaquera no próximo ano.
Eu comecei a torcer pelo Corinthians por causa da chegada do Ronaldo Fenômeno. Eu sou muito fã dele. Mas foi realmente a torcida [que me cativou]. Eu fiquei apaixonado por essa torcida, pela paixão deles, o jeito que eles cantam nos jogos, torcem... Eu realmente me identifiquei com a torcida. Eu acho que foi por isso que continuei sendo corintiano.
Dorien Rowe, torcedor do Corinthians
No último domingo (24), Dorien acompanhou o Corinthians in loco na vitória por 3 a 1 sobre o Vasco, pelo Campeonato Brasileiro. Este é um compromisso firmado em todas as viagens que o gringo faz ao país. Em anos anteriores, ele viu de perto as Brabas serem campeãs paulistas e vários jogos do masculino.
Essa é a sétima vez que eu venho ao Brasil. Na primeira viagem, eu fui assistir a um jogo das Bravas na Fazendinha, também fiz um tour da Arena. Aquele foi um dia inesquecível para mim.
Paixão verde e amarela (e alvinegra)
Desde o Ensino Médio, Dorien criou uma forte relação com o Brasil. O primeiro contato dele com a língua portuguesa foi através do premiado filme "Cidade de Deus". Desde então, sua curiosidade pelo país só aumentou e atingiu o ápice com a paixão pelo clube alvinegro.
Acho que foi a primeira vez que eu vi pessoas falando português. Eu falei: "Nossa, que idioma da hora. Se eu tiver a oportunidade, um dia vou aprender". Depois, eu estudei português, fiz alguns cursos na faculdade. Na pandemia, eu ficava na internet conversando com brasileiros, treinando meu português. Então, viajei para o Brasil pela primeira vez em 2022. Eu fiquei com uma sensação de que eu estava em casa. É inexplicável a sensação que eu tenho quando eu estou aqui no Brasil.
O principal objetivo de Dorien, em um futuro próximo, é viver no Brasil. Para 2025, a ideia do engenheiro ambiental é passar alguns meses em São Paulo, e então encontrar um emprego em sua área. Se tudo der certo, ele irá deixar Miami para se estabelecer em Itaquera.
Eu quero muito morar aqui no Brasil. Estou indo atrás de um CPF. Seria um sonho realizado morar aqui e estar mais perto do meu time do coração.
Corinthians sem fronteiras
Enquando o sonho de Dorien não se realiza, a torcida "Fiel South Florida" leva um pouco da cultura brasileira e do amor ao Timão para perto dele. O grupo está representado em várias cidades sulistas, incluindo Miami. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, atualmente cerca de 590 mil brasileiros vivem na Flórida. Aproximadamente 295 mil estão na capital do estado.
Quando tem jogo do Corinthians, isso é a minha prioridade, meu compromisso. Se vai ter jogo às 18h, eu vou sair do meu trabalho 16h ou 16h30. Eu me sentia um pouco sozinho torcendo pelo Corinthians em casa, mas esse ano eu descobri um grupo de corintianos brasileiros, morando no sul da Flórida. Eles se encontram para assistir os jogos.
"Eu já me encontrei várias vezes com eles para assistir aos jogos e fui muito bem-vindo no grupo, aceito e acolhido. É muito legal ter outras pessoas que também têm esse amor pelo Corinthians perto de onde eu moro", acrescentou.
Semelhança com Carrillo
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Quero receberUma curiosidade que alavancou Mano Gringo nas redes sociais neste semestre: a semelhança com André Carrillo. O meio-campista, que foi contratado na última janela de transferências, caiu nas graças da torcida. Dorien virou quase um sósia "sem querer".
Quando eu posto conteúdos, sempre tem um monte da gente comentando: 'André Carrillo, é você? Você jogou muito hoje'. 'A gente está precisando do Carrillo, e ele está aqui no TikTok'. Eu acho engraçado. Uma vez alguém comentou: 'Eu nunca vi você e o André Carrillo no mesmo lugar'. Eu respondi: 'Eu vou tirar foto com ele'. Aí, no [último] sábado, encontrei ele aqui no hotel no Tatuapé [onde estou hospedado]. Foi muito surreal. Tirei uma foto com ele. Então, realmente eu estou acreditando no poder das palavras.
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