Vasco: Payet revela que tem acordo para retornar a clube francês
O francês Dimitri Payet, do Vasco, apontou ter um acordo para retornar ao Olympique de Marselha. O meia, em entrevista ao jornal L'Équipe, não disse quando isso aconteceria, mas garantiu que vai voltar a vestir a camisa do clube francês, onde é ídolo.
Foi uma temporada muito boa [a última no OM]. No final, houve a saída. Mas com o Marselha é muito claro, é um negócio fechado. Haverá um retorno ao clube, e discutiremos mais tarde os detalhes do por quê ou como. Obviamente, quero ajudar, quero ser útil para continuar ajudando o Olympique de Marselha a crescer, mas sim, está assinado, então haverá um retorno Payet, ao L'Équipe
O que aconteceu
Payet tem contrato com o Vasco até maio do ano que vem. Ele não deu detalhes do momento em que vai voltar ao Olympique de Marselha.
O meia defendeu o Marselha em duas passagens, e tem grande carinho da torcida. Payet vestiu a camisa do clube entre 2013 e 2015 e, posteriormente, entre 2016 e 2023 — entre os dois momentos, esteve no West Ham, da Inglaterra.
"Como você disse, minha última temporada foi difícil para mim, pessoalmente, porque, obviamente, meu primeiro desejo é jogar. Mas depois disso, como capitão, acho que fiz o que tinha de fazer. Esse é o meu ponto de vista. Um capitão tem de se colocar à frente dos outros. O futebol é um esporte, antes de tudo, coletivo, e foi isso que eu fiz. Cuidei dos outros. Cuidei daqueles que não jogavam comigo, que estavam jogando, dos pequenos problemas que poderiam ter surgido no vestiário, que poderiam ter surgido entre o técnico e os jogadores. Foi uma função diferente, mas gostei muito dela, porque o objetivo é que o Marselha vença", disse.
Questionado sobre aposentadoria, Payet apontou temer esse momento. O jogador, que tem 37 anos, ressaltou que ama jogar futebol, mas que "em algum momento meu corpo vai me dizer que basta".
O que eu mais temo é ver isso acontecer. Sinceramente, quando me levanto todas as manhãs, gosto muito de treinar e gosto muito de jogar novamente. Portanto, não estou dizendo a mim mesmo hoje que o fim está próximo, mas, infelizmente, sei que em algum momento meu corpo vai me dizer que é isso, que basta. Mas, sinceramente, eu amo tanto jogar bola, amo tanto o futebol que acho que o fim vai ser difícil para mim Payet
O que mais ele falou?
Adaptação ao Brasil. "O mais difícil para mim, para ser sincero, foi o clima. Porque, em termos de umidade, em termos de calor, em um domingo às 16h, quando está 38 graus e o tempo está pesado, é muito, muito, muito difícil jogar. Além disso, há o calendário, que é muito cheio no Brasil. Não jogamos a Sul-Americana ou a Libertadores, mas tivemos uma agenda cheia. Não sei como os jogadores que disputam essas copas conseguem, mas, para ser sincero, é muito, muito difícil".
Futebol brasileiro. "A pressão depois de 10 anos no Olympique de Marselha, você sabe como é. Mas é aí que eu também me encontro, eu tenho a impressão de nunca ter saído do Marselha, porque os torcedores [no Brasil] são extremos na positividade e negatividade. Você nunca tem paz de espírito, então é por isso que eu sempre tenho que dar o meu melhor. Os brasileiros tiveram jogadores como Romário e Pelé em sua história, o que torna a barra ainda mais alta".