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Scout: a carta na manga silenciosa de Textor para Botafogo alcançar Mundial

Do UOL, em Doha e no Rio de Janeiro

11/12/2024 05h30

Classificação e Jogos

A formação do Botafogo campeão da Libertadores e do Campeonato Brasileiro tem, obviamente, influência do investimento pesado da SAF comandada por John Textor. Há, porém, uma carta na manga do empresário norte-americano que fez total diferença para o alcance dos títulos e a vaga na Copa Intercontinental: o departamento de scout, que pinçou atletas a custo zero e que deram grande retorno técnico.

Se você olha a forma como montamos o elenco, não é só sobre os jogadores que compramos, é também sobre os atletas que nós achamos. O departamento de scout é, honestamente, o melhor que eu já vi no futebol. Júnior Santos, da segunda divisão do Japão. Igor Jesus, dos Emirados Árabes, em uma transferência gratuita? Nós temos muita sorte de termos eles. Nós já estamos planejando recarregar pesadamente para o ano que vem.
John Textor

Entre os titulares, dois remanescentes de 2023: o capitão Marlon Freitas e Bastos, que era reserva, mas cresceu de produção e virou um dos pilares defensivos. Nas outras nove posições, nove jogadores que chegaram em 2024.

À frente do departamento está Alessandro Brito, ex-Atlético-MG e Athletico-PR. Ele foi uma das primeiras contratações da gestão Textor como marco da reestruturação do departamento de futebol.

O setor conseguiu mapear Igor Jesus, centroavante que chegou sem que fosse necessário pagar pelos direitos econômicos e hoje é o titular da seleção.

E o que dizer de Alexander Barboza, Gregore, John e, mais recentemente, Alex Telles? Todos na mesma situação e que formam a espinha dorsal para o brilho dos que vieram a peso de ouro: Thiago Almada (campeão do mundo com a Argentina), que custou 20 milhões de euros (R$ 110 milhões), e Luiz Henrique, que estava no Bétis e custou 16 milhões de euros fixos (R$ 86 milhões). Não dá para esquecer Savarino nesse ataque e o lateral-direito Vitinho.

Essa combinação ganhou espaço em detrimento de gente importante em 2023, como Tiquinho, Eduardo (que se machucou em boa parte do ano), Marçal e até mesmo Adryelson, que voltou de empréstimo do Lyon no meio da temporada.

Considerando quem veio "de graça" (tem o pagamento de luvas, claro) ou mesmo os que custaram tanto, a sensação é que, com a vitória na Libertadores, saíram muito baratos.

A gente está muito feliz. É um trabalho que a gente iniciou em 2022 e fomos construindo a cada ano, a cada mês e agora, com os dois títulos, é o ápice, né? Conseguimos realmente implementar aquilo que a gente imaginava, pensava com várias mãos.
Alessandro Brito, ao UOL, durante comemoração do título brasileiro

'Perfil Eagle' de futebol

Brito faz questão de frisar que o estilo de jogo do Botafogo tem sido implementado por toda a rede de clubes de Textor, através de sua empresa Eagle Football Holdings.

Criamos um perfil lá atrás, em 2022, e a gente acredita muito nisso. Não só um perfil para o Botafogo, mas dentro do projeto da Eagle. Então a gente continua acreditando nisso, dando sequência, e os títulos realmente coroam todo esse trabalho. O que dá para esperar para 2025? Se Deus quiser, a gente vai querer continuar nessa performance, nessa mesma batida, então acho que esse é o grande propósito nosso.
Alessandro Brito

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