Um mar vermelho se abriu em Doha neste sábado (14). Considerado o "Real Madrid da África", o Al Ahly mobilizou sua torcida e mostrou por que é o clube mais popular do Egito. Os ingressos para a partida contra o Pachuca (MEX), pela semifinal da Copa Intercontinental, se encerraram em apenas 14 minutos e a festa no estádio 974 foi toda deles antes de a bola rolar.
Em campo, porém, o time decepcionou e, após um empate por 0 a 0 no tempo regulamentar, foi derrotado nos pênaltis para o mexicanos, que estavam praticamente sem apoio nas arquibancadas.
Invasão
Os fãs do Al Ahly começaram a chegar ainda no início da semana e alguns, inclusive, se fizeram presentes no jogo do Botafogo. Em dado momento, passaram a cantar na partida das quartas de final e precisaram ser deslocados para outro setor da arquibancada dada a proximidade com a torcida alvinegra, que em resposta cantou palavrões em português para os egípcios.
No dia da semifinal, eles se concentraram no Souq Waqif, o mercado popular da capital do Qatar. E de lá partiram rumo ao estádio 974.
Classificação e jogos
Dentro do local havia uma fan fest. Por lá, só se viam camisas vermelhas, tornando o ambiente bastante favorável para a equipe africana.
Ultras não gostam de ser filmados
Os ultras (organizada) do Al Ahly também chegaram em peso. Eles estavam munidos de instrumentos e tiveram de passar por um corredor especial montado pela polícia, onde foram inspecionados.
A curiosidade é que eles não gostam de ser filmados de perto. Muitos, inclusive, passam o jogo com uma espécie de touca ninja. Ao notarem câmeras, costumam virar de costas ou reclamar.
Frustração da torcida e imprensa
Assim como os torcedores, a imprensa egípcia também compareceu em peso. Na tribuna, não disfarçavam a torcida pelo representante do país.
Na disputa de pênaltis, o local quase se tornou uma arquibancada. Porém, a reviravolta nas cobranças com o desfecho negativo para eles gerou um anticlímax de frustração.
O gol derradeiro do Pachuca fez vibrar de maneira solitária no local o estafe do time mexicano, algo que fez os egípcios se voltarem para o setor imediatamente. Logo em seguida, os funcionários do clube desceram as escadas e se dirigiram à parte interna para encontrar os jogadores.
'Jogadores excessivamente nervosos'
O técnico suíço do Al Ahly, Marcel Kohler, atribuiu a derrota nos pênaltis ao nervosismo de alguns jogadores. O time egípcio acabou desperdiçando três cobranças e perdeu por 6 a 5.
Na disputa de pênaltis, alguns jogadores estavam em um estado de grande concentração e marcaram, enquanto outros estavam excessivamente nervosos e sofriam de tensão nervosa injustificada, o que os fazia perder chutes.
Marcel Kohler, técnico do Al Ahly
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