Firmino lembra reserva na Arábia: 'Precisei de tempo na Inglaterra, também'

Roberto Firmino, campeão da Liga dos Campeões pelo Liverpool e atacante da seleção brasileira em uma Copa do Mundo, admitiu que precisou de tempo na reserva para se adaptar à Arábia Saudita. Após um mês no banco, ele voltou a ser titular no Al Ahli, da cidade de Jeddah, onde joga desde o início de 2023.

"Precisei de tempo para me adaptar na Alemanha e na Inglaterra": "Para cada país você precisa de um tempo de adaptação. Na Alemanha foi assim, na Inglaterra também. Nos dois, no primeiro ano eu tive dificuldades. Você precisa se acostumar com o futebol, com a cultura, com o clima. Aqui não foi diferente, claro."

Futebol saudita melhorou muito na temporada atual: "O nível da competição como um todo tem crescido, né? No ano passado foi dado um grande passo. Nessa temporada, todos os clubes melhoraram suas estruturas e o campeonato ficou bem mais competitivo. Na temporada passada, o Al Hilal foi campeão com grande diferença. Nesse ano, o líder é o Al Ittihad, mas com os outros clubes mais próximos."

Volta para o Corinthians? "Eu eu sou um cara que oro muito, né? Então deixo tudo nas mãos do Senhor. Meu foco é aqui, agora. Mas é claro que voltar ao Brasil está crescendo no meu coração."

"Eu aconselho jogar [a Copa do Mundo de 2034] no final do ano": "Em dezembro, o tempo está excelente, agradável. No verão, aqui é muito úmido, principalmente em Jeddah. É a cidade mais úmida da Arábia. E isso dificulta bastante jogar futebol. O desgaste físico é dobrado."

Confira a entrevista completa:

Como está a adaptação à Arábia Saudita?

"100% adaptado. Eu e minha família gostamos muito de viver aqui. Adaptados, agora, ao clima, ao futebol. E a gente aproveita bastante."

Como é treinar exclusivamente à noite, por causa do calor?

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"No começo é uma loucura, né? A gente se acostuma com a Europa, em que alguns clubes treinam pela manhã, outros à tarde, mas nunca à noite. A gente ainda tem o nosso tempo com a família, mas a rotina muda. O dia fica mais longo, chega para treinar entre 20h e 21h da noite e, às vezes, volta para casa e a família já está dormindo. Nesse período, a gente quase não vê as crianças. Mas, como eu falei, 100% adaptados e felizes de viver aqui."

A adaptação ao futebol daqui foi um pouco mais lenta para você? Você inclusive ficou na reserva por um período.

"Para cada país você precisa de um tempo de adaptação. Na Alemanha foi assim, na Inglaterra também. Nos dois, no primeiro ano eu tive dificuldades. Você precisa se acostumar com o futebol, com a cultura, com o clima. Aqui não foi diferente, claro. Precisei de alguns meses. Sim, passei por um momento de dificuldades, mas foi para o meu crescimento."

E sobre o nível do futebol, e que você achou quando chegou?

"O nível da competição como um todo tem crescido, né? No ano passado foi dado um grande passo. Nessa temporada, todos os clubes melhoraram suas estruturas e o campeonato ficou bem mais competitivo. Na temporada passada, o Al Hilal foi campeão com grande diferença. Nesse ano, o líder é o Al Ittihad, mas com os outros clubes mais próximos. Você consegue ver que o campeonato tem crescido. E é um privilégio estar em uma situação assim."

O que você está imaginando sobre carreira daqui para frente? Falou-se muito sobre uma volta ao Corinthians...

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"Eu oro muito, né? Então deixo tudo nas mãos do Senhor. Meu foco é aqui, agora. Mas é claro que voltar ao Brasil está crescendo no meu coração. Ainda tenho um ano meio de contrato, estou focado no Brasil, mas até lá, só o Senhor sabe."

Como que é viver num país tão religioso quanto esse? Você é evangélico, não é a mesma religião, mas ainda assim é um país que leva a religiosidade a sério.

"É uma benção. Quando você não nega a sua crença, não nega aquilo em que você acredita, não tem problema."

E que você acha da Copa do Mundo de 2034 aqui? Dá para jogar, por exemplo, no meio do ano, por causa da temperatura?

"Eu aconselho jogar no final do ano. Agora, em dezembro, o tempo está excelente, agradável. No verão, aqui é muito úmido, principalmente em Jeddah. É a cidade mais úmida da Arábia. E isso dificulta bastante jogar futebol. O desgaste físico é dobrado. Você se desgasta muito mais. É claro que o desgaste é o mesmo para os dois lados e não seria uma desculpa para não ter um nível excelente, mas o ideal é fazer como no Qatar, mandando o Mundial para o final do ano."

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