Vini mostra credencial de melhor do mundo, Real atropela e leva 9º Mundial
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O Real Madrid se sagrou campeão mundial pela 9ª vez com brilho brasileiro. Melhor do mundo e decisivo, Vini Jr. comandou a vitória por 3 a 0 sobre o Pachuca, no Lusail Stadiu, em Doha (QAT), na final da Copa Intercontinental.
Mbappé marcou o primeiro gol da partida, mas o brilho da jogada foi todo do recém-coroado Vini. Um dia após receber o título de melhor do mundo, ele passou como quis pelo goleiro adversário e tocou para o companheiro francês, que só precisou empurrar para o fundo da rede.
Rodrygo fez o segundo, e Vini deixou o dele, de pênalti, para decretar a vitória. O camisa 7 pegou a bola e converteu cobrança da penalidade para ampliar o tamanho de sua atuação.
O valente Pachuca não foi páreo para o time galáctico. A equipe mexicana, a segunda de seu país a chegar numa final de Mundial, até complicou a vida do gigante espanhol e acreditou até o final, embora não tenha sido o suficiente.
O Real agora se isola ainda mais como o maior campeão mundial, tendo vencido mais da metade dos torneios nos últimos dez anos. Com a nona taça, o gigante espanhol possui mais que o dobro dos troféus de Milan e Bayern, que dividem a segunda colocação, ambos com quatro. O time merengue conquistou o mundo anteriormente em 1960 (1ª edição organizada pela Fifa), 1998, 2002, 2014, 2016, 2017, 2018 e 2022.
Carlo Ancelotti se torna o técnico recordista de títulos na história do Real. Ele venceu a 15ª taça e passou Miguel Muñoz, lenda do clube nas décadas de 1960 e 1970, com quem dividia o posto. Além disso, o time merengue Real bateu cinco troféus na temporada —venceu a Liga dos Campeões, o Espanhol, a Supercopa da Europa, a Supercopa da Espanha e o Mundial.
Curiosidade: Real e Pachuca, que se enfrentaram pela primeira vez na história, terão seus caminhos se cruzando novamente no Super Mundial. Ambos estão no Grupo H do torneio, junto de Al-Hilal e FC Salzburg, e vão se encarar de novo em junho.
Vinimania
Foi o 1º jogo de Vini Jr. após ele ser eleito melhor do mundo no The Best, da Fifa. A partida também marcou a volta do atacante aos gramados após um mês se recuperando de lesão na perna.
Torcedores demonstraram idolatria ao brasileiro tanto do lado de fora quanto dentro do Lusail. Muitos usavam a camisa 7 do jogador e, quando a partida começou, a arquibancada vibrava a cada vez que o atacante pegava na bola.
Vini partiu para acima dos adversários desde seu primeiro toque e deu uma assistência digna de The Best. O camisa 7 seguiu incisivo até o fim. Ele não poderia passar em branco, quase anotou uma pintura, e por fim marcou de pênalti.
Empilhando prêmios, o atacante ainda foi eleito o melhor da final e de todo o Intercontinental. Ele conseguiu os troféus individuais atuando durante todos os 90 minutos da partida —o Real entrou direto na decisão.
Como foi o jogo
O Real tentou assumir o controle logo no início, mas se viu diante de um Pachuca atrevido. O time mexicano não se acuou, pressionou a saída de bola e, explorando as laterais, levou os primeiros perigos ao gol adversário. Na beira do campo, Ancelotti não demonstrava aprovação ao que via nos primeiros 10 minutos.
Paciente, o gigante espanhol foi freando os desafiantes e passou, aos poucos, a impor seu ritmo no jogo. O time se soltou na base da qualidade técnica dos seus astros e foi envolvendo os rivais. O Pachuca não conseguiu manter o ímpeto do começo e foi ficando cada vez mais encurralado, enquanto o Real crescia. Era questão de tempo até o placar ser inaugurado.
Vini Jr chamou a responsabilidade, desequilibrou em jogada com credencial de The Best e presenteou Mbappé com um gol. Na marca dos 37 minutos da etapa inicial, Bellingham recebeu na intermediária e abriu na esquerda para Vini, que invadiu a área com liberdade. O melhor do mundo deixou o goleiro adversário no chão e preferiu tocar para o francês, dando uma assistência primorosa.
Outra estrela brasileira também brilhou, e Rodrygo fez um golaço na volta do intervalo. O camisa 11 foi acionado na entrada da área, tentou abrir espaço para a esquerda, levou dois marcadores de uma vez ao cortar para dentro. Bateu colocado, com capricho, e ampliou aos 8 do segundo tempo. O árbitro até foi chamado pelo VAR para analisar uma possível interferência de Bellingham, impedido, na jogada, mas validou o gol.
Vini, de pênalti, deu números finais. Lucas Vázquez foi derrubado na direita da área na reta final, e o árbitro marcou a falta após revisão no VAR. O melhor do mundo pegou a bola e bateu firme. Moreno até acertou o canto e chegou a espalmar, mas não evitou que a bola terminasse no fundo da rede.
Ficha técnica
Real Madrid 3 x 0 Pachuca
Competição: Final da Copa Intercontinental
Local: Estádio Lusail, no Qatar
Data e horário: 18 de dezembro de 2024, às 14h (de Brasília)
Árbitro: Jesús Valenzuela (Venezuela)
Assistentes: Jorge Urrego e Tulio Moreno
VAR: Juan Soto
Amarelos: Pedraza e Rondón
Gols: Mbappé, aos 37'/1ºT, Rodrygo, aos 8'/2ºT, e Vini Jr., aos 40/2ºT
Real Madrid: Courtois; Fran García, Tchouameni, Rudiger e Lucas Vazquez (Raul Asencio); Valverde, Camavinga (Ceballos) e Bellingham (Arda Guler); Vinicius Jr, Rodrygo (Modric) e Mbappé (Brahim Díaz). Técnico: Carlo Ancelotti
Pachuca: Carlos Moreno; Bryan Gonzalez, Sergio Barreto, Andres Micolta e Luis Rodriguez (Sanchez); Pedro Pedraza, Nelson Deossa (Hernandez), Elias Montiel, Oussama Idrissi (Domnguez) e Alan Bautista (Mena); Salomón Rondón. Técnico: Jorge Guillermo Almada