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Por que novo VP de futebol do Flamengo será o oposto de Marcos Braz

Fabio Palmer, vice de futebol do Flamengo Imagem: Luiza Sá/Flamengo

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/12/2024 16h56

Fabio Palmer foi empossado como novo vice-presidente de futebol do Flamengo. Mas não espere dele o mesmo protagonismo ou forma de trabalho do antecessor, Marcos Braz.

O próprio cargo, em si, é uma mera formalidade. A gestão Bap nomeou os VPs, mas não vai dar a eles o controle do dia-dia das pastas.

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O fato de ter recebido a "etiqueta" de VP do futebol também não restringe a atuação de Palmer a esse setor.

Os novos vices de Bap formarão um grande conselho, com 14 nomes, que ficarão abaixo do presidente para as decisões do alto escalão.

Mas o cotidiano ficará com os diretores de cada área. No caso do futebol, o português José Boto.

A mudança vai ao encontro do discurso do novo presidente no sentido de criar rotina mais profissional na gestão do Flamengo.

"É uma mudança de filosofia. Marcos fez o trabalho dele, tem o perfil dele, foi uma gestão vencedora. Mas a gente entende que o futebol do Flamengo precisa de uma outra dinâmica, de mais profissionalismo e menos interferência das figuras estatutárias", explicou Palmer.

O novo VP de futebol na fez parte do antigo conselhinho do futebol do Fla, mas deixou a função em meados de 2022.

"A ideia do conselhinho era ter a menor interferência possível no futebol. Era criar uma estrutura onde o futebol do Flamengo não ficasse em uma única pessoa. A gente fez uma divisão para grandes assuntos. O conselhinho não determinava se contratava A ou B. Definia orçamento, prioridades, competições. Entendo que ele funcionou durante algum tempo. A pandemia atrapalhou. Tentação da minha parte (mexer no futebol) é zero. Eu sou completamente avesso a aparecer. Se mistura o lado torcedor com o gestor, aí começam os problemas", acrescentou Fabio Palmer.

A transição do futebol deve ser feita com Marcos Braz, Boto e Bap. Palmer não vai se envolver. O dirigente português chega ao Brasil no próximo dia 28.

A diretoria ainda pretende contratar um diretor para chefiar a base.

"A minha participação nesse processo do dia a dia do futebol eu diria que é nenhuma. Depois, ainda mais, porque o cargo vai ser extinto", acrescentou Palmer, referindo-se à alteração estatutária para transformar os VPs em conselheiros.

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