Ídolo do Flamengo como jogador, o Filipe Luís conquistou rapidamente os corações rubro-negros como técnico porque entendeu o que eles desejam ver em campo, afirmou o colunista Paulo Vinícius Coelho no De Primeira.
O Filipe Luís tem uma característica, e a gente fala muito que o Jorge Jesus é uma inspiração para o Filipe Luís, mas é principalmente uma inspiração para o Filipe Luís por compreender que a torcida do Flamengo quer o time no ataque sempre que possível, marcando pressão na saída de bola.
Paulo Vinícius Coelho
No quadro Prancheta do PVC, o colunista explicou qual foi a principal mudança tática do Flamengo de Tite para o de Filipe Luís.
Você saiu de um time que marcava na intermediária para um time que quer marcar pressão.
A grande questão do Filipe Luís é o estilo que o Flamengo precisa impor -- a capacidade de subir a marcação, com as linhas subindo juntas, compactas, para não dar espaço atrás, e pressionar a saída de bola.
Paulo Vinícius Coelho
PVC acrescentou que, apesar do ímpeto ofensivo, Filipe Luís já mostrou que sabe organizar com competência seus sistemas defensivos. Inclusive, inspirado em seu ex-técnico no Atlético de Madrid.
Quando ele perdeu o Bruno Henrique no jogo contra o Corinthians em Itaquera, imediatamente ele voltou para fazer uma linha de cinco e uma linha de quatro. E aí ele marcou no bloco baixo, porque cada jogo pede uma coisa.
Ele tem outra inspiração, o Diego Simeone, que sabe muito bem marcar por pressão, mas entende que quando o time tiver em situações de inferioridade pode jogar com três zagueiros, o que não significa ser defensivo — tem quatro no meio e dois atrás do centroavante, fazendo um 3-4-3 que muitas vezes vira um 5-4-1 quando precisar defender.
O Filipe Luís já fez isso, inclusive com o Alex Sandro como terceiro homem na saída de bola. Mas a diferença fundamental é que o Filipe sabe que o Flamengo precisa ser impositivo e pressionar o adversário com o sistema que for.
Paulo Vinícius Coelho
Filipe Luís assumiu o Flamengo após a passagem frustrante Tite, liderou o time ao pentacampeonato da Copa do Brasil e "salvou" a temporada rubro-negra com apenas 13 jogos no comando.
São oito vitórias, quatro empates e uma derrota, com aproveitamento de 71,8%. No início do ano, ainda nas categorias de base, ele foi campeão mundial como técnico do sub-20.
Gabigol teve a pior temporada dele no Flamengo, diz PCV: 'Ano ridículo'
Ídolo do Flamengo e artilheiro das finais, Gabigol deixa o clube tendo feito uma última temporada "ridícula", criticou o colunista Paulo Vinícius Coelho.
Gabigol fez 38 jogos e 8 gols — quatro na Série A, dois na Copa do Brasil e dois no Carioca. É ridículo, o ano dele foi ridículo.
Acho que tem duas questões que pesam nesse número dele, na pior temporada dele no Flamengo. Ele começa a relação com o Tite numa crise física e passa a ter uma crise tática.
Paulo Vinícius Coelho
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