Como estudo do Arsenal orientou grego a investir na 'melhor base do Brasil'
O brasileiro Edu Gaspar, ex-Arsenal e seleção brasileira, foi peça fundamental na iminente parceria entre o fundo grego controlado por Evangelos Marinakis e o São Paulo ao apresentar um estudo que colocou Cotia como a melhor base do Brasil.
O que aconteceu
Ainda no clube inglês, Edu havia pedido um estudo ao Arsenal para identificar qual era a melhor base do Brasil e viu o levantamento apontar para o São Paulo. Desde então, o cartola tem na cabeça o projeto de investimento em Cotia.
Edu se tornou um dos principais aliados do São Paulo no projeto. O dirigente foi quem direcionou Marinakis para o investimento no Tricolor.
Quando foi contratado pelo grupo de Marinakis, Edu apresentou sua ideia ao grego e o investidor deu sinal verde para o projeto. O Tricolor iniciou conversas com o grego em uma reunião em um hotel em São Paulo ainda sem saber do dedo do brasileiro na negociação.
Edu, Marinakis e o fundo grego como um todo estão empolgados com o acerto iminente e já têm os primeiros alvos no mercado de base do Brasil. Os scouts da empresa já vêm trabalhando para identificar potenciais contratações para o Tricolor.
Outro ponto que agrada na conversa entre São Paulo e o fundo grego é a ciência de que quanto melhor o time profissional esteja, mais valorizados os atletas de base ficarão. Dessa forma, o fundo vê com bons olhos trazer atletas quase prontos que já subam rapidamente ao profissional para potencializar o time de cima.
Com parceiro, São Paulo quer ter 100% de promessas
Um dos grandes pilares do São Paulo após a parceria com Marinakis será ter 100% de todos os jogadores da base. Para aqueles que o Tricolor não conseguir a totalidade dos direitos, a ideia é ter ao menos 80% e uma cláusula de compra com valor fixado pelos 20% restantes.
O racional da parceria é trocar as divisões de direitos econômicos dos jogadores da base dos atuais empresários, ex-clubes ou familiares para a parceria com o grego. Ao invés de ter 70% dos direitos do atleta e ver os outros 30% com outros clubes ou com o próprio jogador, o Tricolor quer ter ele próprio os 100%.
Um exemplo recente foi a contratação e posterior venda do zagueiro Beraldo. O São Paulo detinha 60% do jogador, enquanto os outros 40% eram divididos entre o XV de Piracicaba e o próprio atleta. Quando ele chegou ao Tricolor, o São Paulo não tinha caixa para adquirir 100% e por isso trouxe o atleta em parceria, dividindo a porcentagem. Depois disso, tentou por vezes a compra da porcentagem restante, mas com o atleta valorizado jamais obteve sucesso e 'perdeu' 40% do valor da venda para o PSG.
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