Acidente de Garro: o que se sabe sobre o caso e quais os próximos passos
Rodrigo Garro, do Corinthians, se envolveu em um acidente que terminou com a morte de um motociclista na cidade de General Pico, na Argentina, durante a madrugada do último sábado (4). O UOL detalha o que se sabe sobre o caso e o que vem a seguir.
O que se sabe?
Rodrigo Garro dirigia seu carro quando bateu com uma moto. O meio-campista argentino estava acompanhado do também jogador Facundo Castelli, do Emelec-EQU, velho amigo dos tempos de Instituto de Córdoba.
O motociclista Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos, morreu após a batida. Garro e Facundo Castelli não tiveram ferimentos causados pelo acidente.
O jogador do Corinthians ficou algumas horas detido, prestou depoimento, mas foi liberado. O episódio foi relatado, em um primeiro momento, como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
Garro ficou muito abalado com o acontecido. O meio-campista, que completou 27 anos justamente no dia do acidente, ficou com a família após a liberação.
Teste de alcoolemia indicou presença de álcool no sangue de Garro. Segundo as autoridades argentinas, o meio-campista apresentava cerca de 0,5 grama no organismo — a tolerância é zero na Argentina.
Procurador-geral da província de La Pampa, onde aconteceu o acidente, explicou a liberação de Garro. À CNN Brasil, Armando Agüero afirmou que o meia foi solto por não apresentar intenção de fugir, ser morador do local e manter contato com as autoridades.
Motociclista portava cocaína. Armando Agüero também revelou que Nicolás, no entanto, não apresentava substância no organismo. O motociclista também estava sem capacete e com faróis da moto irregulares.
Corinthians manteve contato com o entorno de Garro. O clube informou que tem acompanhado o caso e que Fabinho Soldado, executivo de futebol, e Vinícius Cascone, diretor jurídico, têm falado com os advogados do atleta e familiares.
Garro foi indiciado por homicídio culposo (quando não há a intensão de matar), segundo a imprensa argentina. A audiência foi realizada neste domingo (5), em La Pampa, na Argentina, e o meio-campista prestou novo depoimento.
Não houve agravante por constatação de álcool no sangue do jogador. A quantidade apontada no teste (0,5 grama por litro) realizado no dia do acidente foi considerada baixa.
De acordo com o procurador-geral da província de La Pampa (ARG) Armando Aguero, o agravante só aconteceria caso o teor alcoólico ultrapassasse um grama por litro de sangue. A declaração foi em entrevista ao portal argentino En Boca de Todos HD.
O jogador aguardará o julgamento em liberdade e retorna ao Brasil nesta segunda-feira (6). O Ministério Público argentino não impôs qualquer restrição para o atleta deixar a Argentina por não haver "perigos processuais". Ele, porém, teve a carteira de habilitação suspensa.
O advogado de Garro afirmou que um documento assinado pelo Corinthians contribuiu para que o jogador não fosse impedido de deixar a Argentina. David Diván informou que o clube se comprometeu a facilitar o traslado de Garro caso o meia seja convocado para depor novamente no Tribunal de General Pico.
Durante a audiência, o Ministério Público entendeu que não havia risco de fuga, nem que ele geraria qualquer obstrução na investigação, destruiria ou manipularia provas. [...] Fornecemos ao Ministério Público as passagens [para São Paulo] que ele [Garro] já havia adquirido [e também] um documento assinado pelas autoridades do Corinthians, no qual se colocam à disposição do Ministério Público e da Justiça para facilitar a transferência de Rodrigo caso ele deva comparecer novamente. Com base em tudo isso, Rodrigo não teve impedimento para deixar o país. David Diván, advogado de Rodrigo Garro, ao Info Pico
Dessa forma, o jogador deve se reapresentar com o restante do elenco nesta terça-feira (7). O elenco voltará ao CT Dr. Joaquim Grava após as férias para dar início à preparação para o Paulistão — o Timão estreia no dia 16, contra o Red Bull Bragantino.
Próximos passos
O jogador aguarda a data do julgamento, ainda não divulgada pelo Ministério Público. Enquanto isso, Garro está liberado para seguir suas atividades no futebol brasileiro.
Caso seja condenado, Garro pode ter pena de dois a cinco anos de prisão. Ele também pode ser proibido de dirigir por cinco a dez anos.
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