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Garro é indiciado por homicídio culposo e poderá voltar ao Brasil

Do UOL, em São Paulo

05/01/2025 10h09Atualizada em 05/01/2025 17h34

Segundo a imprensa argentina, Rodrigo Garro, do Corinthians, foi indiciado por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar) após audiência realizada neste domingo (5), em La Pampa, na Argentina. O meio-campista prestou novo depoimento sobre o acidente que culminou na morte de um motociclista em audiência realizada no Tribunal de General Pico.

O que aconteceu

Garro foi indiciado por "homicídio culposo por condução imprudente, negligente ou ilegal de veículo a motor". A informação é do jornal argentino El Diario de La Pampa.

Não houve agravante por constatação de álcool no sangue do jogador. A quantidade apontada no teste (0,5 grama por litro) realizado no dia do acidente foi considerada baixa.

De acordo com o procurador-geral da província de La Pampa (ARG) Armando Aguero, o agravante só aconteceria caso o teor alcoólico ultrapassasse um grama por litro de sangue. A declaração foi em entrevista ao portal argentino En Boca de Todos HD.

O jogador aguardará o julgamento em liberdade e pode retornar para o Brasil. O Ministério Público argentino não impôs qualquer restrição para o atleta deixar a Argentina por não haver "perigos processuais". Ele, porém, teve a carteira de habilitação suspensa.

O jogador se reapresenta ao Corinthians com o restante do elenco nesta terça-feira (7). Garro viajará para o Brasil na segunda-feira (6) à noite. O Alvinegro se prepara para o início do Campeonato Paulista e estreia no dia 16, às 19h30 (de Brasília), contra o Red Bull Bragantino.

Caso seja condenado, Garro pode ter pena de dois a cinco anos de prisão e ser proibido de dirigir por cinco a dez anos. O julgamento ainda não tem data definida.

O caso

Rodrigo Garro dirigia seu carro quando bateu com uma moto, na madrugada de sábado (4). O meio-campista argentino estava acompanhado do também jogador Facundo Castelli, do Emelec-EQU, velho amigo dos tempos de Instituto de Córdoba.

O motociclista Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos, morreu após a batida. Garro e Facundo Castelli não tiveram ferimentos causados pelo acidente.

O jogador do Corinthians ficou algumas horas detido, prestou depoimento, mas foi liberado. O episódio foi relatado, em um primeiro momento, como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar — fato que foi confirmado neste domingo.

Garro ficou muito abalado com o acontecido. O meio-campista, que completou 27 anos justamente no dia do acidente, ficou com a família após a liberação.

Teste de alcoolemia indicou presença de álcool no sangue de Garro. Segundo as autoridades argentinas, o meio-campista apresentava cerca de 0,5 grama no organismo — a tolerância é zero na Argentina. De qualquer maneira, o resultado de não ultrapassar 1 grama de álcool por litro de sangue, o que ameniza a tipificação do crime no país.

Motociclista portava cocaína. Armando Agüero também revelou que Nicolás, no entanto, não apresentava substância no organismo. O motociclista também estava sem capacete e com faróis da moto irregulares.

Corinthians mantém contato com o entorno de Garro. O clube informou que tem acompanhado o caso e que Fabinho Soldado, executivo de futebol, e Vinícius Cascone, diretor jurídico, têm entrando constantemente em contato com os advogados do atleta e familiares.

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