Corinthians: Ramón comenta acidente de Garro e cita fé na Justiça argentina
O treinador Ramón Díaz, do Corinthians, desembarcou no Brasil nesta segunda-feira (6) para a reapresentação do elenco amanhã. O comandante argentino comentou a situação do meia Rodrigo Garro, que se envolveu em um acidente automobilístico que deixou um morto na Argentina no último sábado (4).
Seguramente, é muito difícil, mas vai se solucionar. Muita fé na Justiça argentina. Ramón Díaz
Garro volta ao Brasil em silêncio
O meia Rodrigo Garro desembarcou em São Paulo, também na noite desta segunda-feira (6), após ser indiciado por homicídio culposo no último fim de semana, em La Pampa, na Argentina.
O UOL apurou que Garro desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos por uma saída alternativa, por volta das 21h30 (de Brasília).
O jogador "driblou" a imprensa que estava presente no local. Nenhum representante do Timão o acompanhou no momento da saída.
Rodrigo Garro se reapresentará normalmente na manhã desta terça-feira (7), a partir das 8h30, juntamente com o elenco do Corinthians.
Entenda o caso
Rodrigo Garro dirigia seu carro quando bateu com uma moto. O meio-campista argentino estava acompanhado do também jogador Facundo Castelli, do Emelec-EQU, velho amigo dos tempos de Instituto de Córdoba, na madrugada do último sábado (4).
O motociclista Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos, morreu após a batida. Garro e Facundo Castelli não tiveram ferimentos causados pelo acidente.
O jogador do Corinthians ficou algumas horas detido, prestou depoimento, mas foi liberado. O episódio foi relatado, em um primeiro momento, como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
Garro ficou muito abalado com o acontecido. O meio-campista, que completou 27 anos justamente no dia do acidente, ficou com a família após a liberação.
Teste de alcoolemia indicou presença de álcool no sangue de Garro. Segundo as autoridades argentinas, o meio-campista apresentava cerca de 0,5 grama no organismo — a tolerância é zero na Argentina.
Procurador-geral da província de La Pampa, onde aconteceu o acidente, explicou a liberação de Garro. À CNN Brasil, Armando Agüero afirmou que o meia foi solto por não apresentar intenção de fugir, ser morador do local e manter contato com as autoridades.
Corinthians manteve contato com o entorno de Garro. O clube informou que tem acompanhado o caso e que Fabinho Soldado, executivo de futebol, e Vinícius Cascone, diretor jurídico, têm falado com os advogados do atleta e familiares.
Garro foi indiciado por homicídio culposo (quando não há a intensão de matar), segundo a imprensa argentina. A audiência foi realizada neste domingo (5), em La Pampa, na Argentina, e o meio-campista prestou novo depoimento.
De acordo com o procurador-geral da província de La Pampa (ARG) Armando Aguero, o agravante só aconteceria caso o teor alcoólico ultrapassasse um grama por litro de sangue. A declaração foi em entrevista ao portal argentino En Boca de Todos HD.
O Ministério Público argentino não impôs qualquer restrição para o atleta deixar a Argentina por não haver "perigos processuais". Ele, porém, teve a carteira de habilitação suspensa.
O advogado de Garro afirmou que um documento assinado pelo Corinthians contribuiu para que o jogador não fosse impedido de deixar a Argentina. David Diván informou que o clube se comprometeu a facilitar o traslado de Garro caso o meia seja convocado para depor novamente no Tribunal de General Pico.
O jogador aguarda a data do julgamento, ainda não divulgada pelo Ministério Público. Enquanto isso, Garro está liberado para seguir suas atividades no futebol brasileiro.
Caso seja condenado, Garro pode ter pena de dois a cinco anos de prisão. Ele também pode ser proibido de dirigir por cinco a dez anos.
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