Caixinha madruga no CT do Santos e chacoalha time com treinos e pilares

O técnico Pedro Caixinha promove mudanças consideráveis nos seus primeiros dias à frente do Santos.

Nova mentalidade

Caixinha deixou claro desde o primeiro dia o que quer do Santos: protagonismo. O treinador português não abre mão de um time ofensivo.

As impressões positivas nos primeiros dias de um novo treinador são normais, mas Caixinha mostra uma nova rotina além do trabalho em campo no CT Rei Pelé.

Ele chega ao CT antes das 6h, prepara o material com a comissão técnica e promove uma reunião com o elenco às 7h50. O papo serve para explicar qual dos seus lemas será trabalhado. A atividade começa 8h30.

A filosofia tem quatro pilares: 1) Temos a bola - atacar o gol; 2) Perdemos a bola - atacar a bola; 3) Não temos a bola - recuperar a bola; 4) Recuperamos a bola - atacar o gol.

Cada treino é baseado nesses tópicos e cada um dos lemas tem subprincípios que serão mostrados gradativamente durante os treinamentos.

  • 1) Temos a bola - atacar o gol: prioridade é ser dinâmico, agressivo, proativo e vertical;
  • 2) Perdemos a bola - atacar a bola: pós-perda rápido agressivo e coordenado;
  • 3) Não temos a bola - recuperar a bola: defender para frente, pressionando a saída rival;
  • 4) Recuperamos a bola - atacar o gol: buscar o primeiro passe sempre para frente.

Esses lemas ofensivos da nova comissão chocam com o que o elenco do Santos estava acostumado sob o comando de Fabio Carille no ano passado.

Carille tem uma proposta mais defensiva, sem se importar em como os resultados serão alcançados. Pedro Caixinha propõe que o Peixe tenha um estilo semelhante em qualquer ocasião.

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Caixinha sentiu que vários atletas tiveram dificuldade inicial em fundamentos básicos do seu trabalho, como a marcação alta no goleiro adversário, a reação rápida na perda da bola e a tendência de voltar o jogo quando a posse é recuperada. Os treinos de Carille eram monótonos, sem novos estímulos.

O português tenta mudar essa mentalidade rapidamente, com treinos intensos e a repetição do que espera da equipe. Quem entender primeiro levará vantagem em busca da titularidade.

Por enquanto, só um reforço está treinando: o zagueiro Luisão. O técnico espera que as contratações aprovadas por ele cheguem até sexta-feira (10). Há acerto com o zagueiro Zé Ivaldo e o lateral-direito Leo Godoy, negociação avançada por Thiago Maia e tratativas em andamento por Josh Windass e Tiquinho Soares.

Temos quatro princípios gerais. E, partindo deles, vamos trabalhando diversos outros subprincípios mais específicos dentro dos treinamentos. Todos eles estão ligados. Se temos a bola a prioridade é sempre para frente, ser agressivo, e não ficar tocando e tocando sem objetividade. Atacar de forma rápida e coordenada Pedro Malta, auxiliar de Caixinha

Quando perdemos a bola, a primeira coisa que a gente tem que fazer é ter um pós-perda rápido para recuperá-la imediatamente. Porém, caso o adversário consiga sair da pressão inicial e fique com a bola, iremos defender para frente, marcando lá em cima, buscando recuperá-la o mais próximo do gol deles. E, assim que recuperarmos, o primeiro passe é sempre para frente. Se temos possibilidade de tocar para a frente, com a possibilidade de chegar mais rápido ao gol adversário, é isso que faremos

O Santos terá o primeiro teste nesta quinta-feira, em jogo-treino contra o Athletic, no CT Rei Pelé. A equipe de Minas Gerais subiu para a Série B do Campeonato Brasileiro.

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A estreia do Peixe no Campeonato Paulista será diante do Mirassol, dia 16, na Vila Belmiro.

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