Caso Garro: Promotor diz que vítima de acidente consumiu álcool e drogas
O promotor Francisco Cuenca, responsável pelo caso envolvendo o acidente do meia Rodrigo Garro na Argentina, confirmou que a vítima Nicolas Chiaraviglio testou positivo para cocaína, maconha e álcool em exames toxicológicos.
O que aconteceu
Segundo Cuenca, a vítima tinha cerca de 1,56 grama por litro de ácool no sangue. A quantidade, de acordo com pesquisas consultados pelo UOL, pode comprometer os reflexos da pessoa ao volante.
Chegaram a nós algumas informações importantes, como a da Agência Científica que revelou que as amostras biológicas de Chiaraviglio detectaram um alto nível de álcool no sangue, 1,56 grama por litro, além de dar positivo para cocaína e maconha.
Francisco Cuenca, ao site argentino "En Boca de Todos HD"
Nicholas também tinha a carteira de habilitação suspensa desde setembro de 2022, ou seja, não poderia estar pilotando a moto na noite do acidente.
O que temos agora são provas objetivas que devemos avaliar no momento oportuno. São elementos que contribuem, mas ainda há muito trabalho a ser feito.
Francisco Cuenca
Entenda o caso
Rodrigo Garro dirigia seu carro quando bateu com uma moto. O meio-campista argentino estava acompanhado do também jogador Facundo Castelli, do Emelec-EQU, velho amigo dos tempos de Instituto de Córdoba, na madrugada do último sábado (4).
O motociclista Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos, morreu após a batida. Garro e Facundo Castelli não tiveram ferimentos causados pelo acidente.
O jogador do Corinthians ficou algumas horas detido, prestou depoimento, mas foi liberado. O episódio foi relatado, em um primeiro momento, como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
Garro ficou muito abalado com o acontecido. O meio-campista, que completou 27 anos justamente no dia do acidente, ficou com a família após a liberação.
Teste de alcoolemia indicou presença de álcool no sangue de Garro. Segundo as autoridades argentinas, o meio-campista apresentava cerca de 0,5 grama no organismo — a tolerância é zero na Argentina.
Procurador-geral da província de La Pampa, onde aconteceu o acidente, explicou a liberação de Garro. À CNN Brasil, Armando Agüero afirmou que o meia foi solto por não apresentar intenção de fugir, ser morador do local e manter contato com as autoridades.
Corinthians manteve contato com o entorno de Garro. O clube informou que tem acompanhado o caso e que Fabinho Soldado, executivo de futebol, e Vinícius Cascone, diretor jurídico, têm falado com os advogados do atleta e familiares.
Garro foi indiciado por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar), segundo a imprensa argentina. A audiência foi realizada neste domingo (5), em La Pampa, na Argentina, e o meio-campista prestou novo depoimento.
De acordo com o procurador-geral da província de La Pampa (ARG) Armando Aguero, o agravante só aconteceria caso o teor alcoólico ultrapassasse um grama por litro de sangue. A declaração foi em entrevista ao portal argentino En Boca de Todos HD.
O Ministério Público argentino não impôs qualquer restrição para o atleta deixar a Argentina por não haver "perigos processuais". Ele, porém, teve a carteira de habilitação suspensa.
O advogado de Garro afirmou que um documento assinado pelo Corinthians contribuiu para que o jogador não fosse impedido de deixar a Argentina. David Diván informou que o clube se comprometeu a facilitar o traslado de Garro caso o meia seja convocado para depor novamente no Tribunal de General Pico.
O jogador aguarda a data do julgamento, ainda não divulgada pelo Ministério Público. Enquanto isso, Garro está liberado para seguir suas atividades no futebol brasileiro.
Caso seja condenado, Garro pode ter pena de dois a cinco anos de prisão. Ele também pode ser proibido de dirigir por cinco a dez anos.
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