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Ex de Allan diz ter conseguido medida protetiva contra o jogador do Fla

Allan comemora durante jogo do Flamengo - Jorge Rodrigues/AGIF Allan comemora durante jogo do Flamengo - Jorge Rodrigues/AGIF
Allan comemora durante jogo do Flamengo Imagem: Jorge Rodrigues/AGIF

Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

30/01/2025 13h37

Jordana Holleben, ex-mulher do volante Allan, afirmou ter conseguido uma medida protetiva contra o jogador do Flamengo. Na última semana, ela registrou um boletim de ocorrência e o acusou de ter invadido a casa em que mora com os filhos, em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Hoje escrevo com o coração partido, mas também fortalecido. Partido porque jamais imaginei que passaria por tudo que vivi nos últimos anos. (...) Na semana passada, não tive outra escolha senão pedir uma medida protetiva contra a pessoa com quem estive desde os 17 anos e que eu acreditava que me protegeria .trecho da postagem de Jordana

O que aconteceu

Jordana publicou uma nota através de uma rede social. Ela ressaltou que a decisão mostra que as mulheres têm força para "romper com anos de abuso".

Hoje escrevo com o coração fortalecido. Recebi a confirmação que nós, mulheres, não estamos sozinhas. Que temos, sim, a força necessária para romper com anos de abuso psicológico, agressões verbais e para não aceitar qualquer tipo de violência

Ela registrou um boletim de ocorrência contra Allan. Na última quinta-feira, policiais foram apurar a denúncia de que havia uma briga com violência física contra a mulher em ambiente familiar. O fato aconteceu por volta das 14h. A informação foi dada inicialmente pelo Extra.

Jordana relatou aos PMs que o ex-marido "entrou na residência, a empurrou e retirou as crianças, sem combinar com ela previamente, e as levou com ele". Os filhos de Allan com a mulher têm idades de 6 anos e 2 anos.

Allan alegou aos policiais que foi buscar os filhos para tomar sorvete no condomínio. Ele foi abordado e contou a versão dele. Segundo os PMs, as crianças estavam muito abaladas, choraram e o jogador não foi levado para a delegacia.

A assessoria de Allan divulgou uma nota dizendo que o jogador não invadiu a casa. Além disso, nega violência física. "A nota publicada [pelo Extra] diz que, de acordo com a denúncia realizada pela ex-esposa, houve invasão da casa/domicílio em que ela está residindo com os filhos do casal. A informação não é procedente, a partir do momento que o imóvel é de propriedade do atleta. Ou seja, por direito adquirido, possui acesso, sem qualquer proibição, à mesma. Além disso, a nota cita violência física contra a ex-esposa na denúncia realizada. Não houve qualquer situação relacionada à questão, inclusive com provas de vídeo, caso sejam necessárias. Por algumas tentativas, o atleta solicitou à ex esposa visitar os filhos e as mesmas não foram respondidas. Motivo pelo qual, ele foi até seu imóvel para visitar as crianças, único motivo da presença no local"

Nota de Jordana na íntegra

"Hoje, escrevo essas palavras com o coração partido, mas também fortalecido. Partido porque jamais imaginei que passaria por tudo o que vivi nos últimos anos. De um amor, veio o medo. De uma paixão, a solidão. De um carinho, atitudes inimagináveis. De uma tentativa de acordo, um estrangulamento financeiro. Na semana passada, não tive outra escolha senão pedir uma medida protetiva contra a pessoa com quem estive desde os 17 anos e que eu acreditava que me protegeria.

Mas, como mencionei, hoje escrevo com o coração fortalecido. Recebi a confirmação de que nós, mulheres, não estamos sozinhas. Que temos, sim, a força necessária para romper com anos de abuso psicológico, agressões verbais e para não aceitar qualquer tipo de violência. Tomo a liberdade de citar um trecho da decisão que concedeu minha medida protetiva:

A palavra violência pode ter vários significados, sendo utilizada para definir o uso de força física, psicológica ou intelectual para obrigar outra pessoa a fazer algo contra a sua vontade, constranger, incomodar, impedir a outra pessoa de manifestar seu desejo e sua vontade ou de suportar agressões verbais que violem sua honra."

Por mais doloroso que seja para mim escrever essas palavras, tenho certeza de que, como mãe, este é o melhor exemplo que posso dar à minha filha. Eu não consegui sair antes. E sei que talvez você, que está lendo, também sinta que não consegue. Eu precisei buscar ajuda. Dos meus amigos e da minha família. Da minha advogada e sua equipe. Da minha psicóloga. Da autoridade policial. Do judiciário que decidiu pela minha proteção, aliviando minha alma.

Que essa seja uma nova história sendo escrita. E que você, que está lendo, assim como eu, tenha a oportunidade de também escrever novos capítulos.

Por fim, afirmo que acredito na Justiça e no rigor da lei. Em respeito a minha família, por ora, não me manifestarei mais sobre esse assunto e permanecerei em sigilo até que todos os procedimentos terminem.

Obrigada pela compreensão.

Com carinho,

Jordana Holleben."


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