Santos: Caixinha cita navegadores portugueses e detalha cuidado com Neymar
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O técnico Pedro Caixinha analisou o momento do Santos em "águas turbulentas" e citou os tempos dos navegadores portugueses após a derrota para o Corinthians por 2 a 1, nesta quarta-feira (12), pelo Paulistão.
Os portugueses foram desbravadores e há o Cabo das Tormentas. Estamos passando por ele neste momento. Há o Cabo da Boa Esperança e nós esperamos chegar lá. Temos de saber navegar em águas profundas, revoltas e é isso que estamos vivendo. Temos de saber manter o rumo e orientação dentro da turbulência. Pedro Caixinha
O treinador santista detalhou os cuidados que a comissão técnica tem com Neymar. Ele reconheceu que o camisa 10 vem muitos minutos em campo após longo período fora dos gramados e que isso tem impactado no ritmo abaixo, assim como Tiquinho Soares.
Quais são as contratações que estamos utilizando neste momento? Vamos analisar dois jogadores que vão nos dar muito e que vivem um momento de ritmo competitivo abaixo. Um é o Tiquinho: do jogo do São Paulo para cá ele caiu porque tem tido sobrecarga. O Neymar tem de ser cuidado dentro do próprio ritmo [...] São ritmos diferentes e jogadores com passados diferentes. Vinham com situações diferenciadas, basta ver o caso do Neymar e o quanto ele jogou em dois anos, o conjunto de lesões que passou e agora esta minutagem. Ele só vai ganhar esse ritmo jogando e recuperando. Outros jogadores estão nesta situação.
Classificação e jogos
Dentro daquilo que é o grupo, existem desequilíbrios do ritmo de jogo e de áreas. Temos muito claro e é com isso que temos de trabalhar. O Neymar tem um treino efetivo com o time. O Santos tem poucos treinos efetivos desde que começamos a jogar.
O que mais ele disse?
Temor por demissão? "Não. Já tenho muitos anos de futebol, então não tenho a mínima preocupação. Trabalharei em qualquer clube até o último dia tal como no primeiro."
Melhor jogo no ano. "Triste pelo resultado, mas satisfeito porque foi o melhor jogo que fizemos desde que cheguei. Com a cara e a imagem que queremos. Este é o caminho. Todos os dias trabalhamos aquilo que tem a ver com este posicionamento e angulação. O futebol tem erros individuais e eles estão nos penalizando muito. A nossa vontade de trabalhar isto é contínua. O jogo que fizemos é dentro daquilo que queremos fazer em termos de comportamento."
Classificação complicada? "Temos de alcançar nove pontos, três de cada vez. Sendo uma equipe com vontade, paixão. Temos de somar eles. Faltam três jogos e nossa posição não tem nada a ver com este jogo. Tem a ver com jogos recentes, ao jogo anterior, quando tivemos atitude competitiva desenquadrada do que é a realidade."
Erros. "Fomos penalizados com os gols, dois erros individuais. Duas perdas de bola que não podem acontecer naquela zona. É um todo e fomos penalizados. Fizemos 20 minutos fantásticos, ficamos abaixo depois do 2 a 0 e tivemos uma alma grande no segundo tempo. Sabíamos que um gol nos metia no jogo. A equipe acreditou e lutou até o fim. Vai ser esta imagem que o Santos tem de ter: competitiva, lutadora e que vai sempre até o fim."
Problema no elenco. "Não. A maior dificuldade do momento quanto ao elenco tem a ver com a composição do meio de campo. Surgiu o Bontempo, gostamos dele, mas é aí que temos mais dificuldades. Rincón, Pituca e Schmidt têm ocupado esta função. Atrás temos cinco zagueiros. Temos laterais-esquerdos, direitos. Não há desequilíbrio nesta situação e confiamos naquilo que é nossa estrutura defensiva. Temos de corrigir erros."
Houve erro no planejamento? "Sabíamos como era o planejamento bem como era. O que ficou para trás, ficou. O que fizemos desde que chegamos, é o que é da minha responsabilidade. É o tempo e realidade que temos. É com esta realidade que trabalhamos e acreditamos."
Estratégia montada. "Aquilo que tínhamos de estratégia era saber que o Corinthians tem uma grande capacidade de ganhar o jogo por dentro. Eles têm dificuldade em defender os passes por ali também. O que quisermos é ter uma numeração de três contra dois na defesa. Falhamos nos últimos 20 metros. Como o jogo não tinha alterado nada apesar do resultado. A equipe entendeu que deveria fazer o mesmo jogo dos primeiros 20 minutos no segundo tempo. Tínhamos de fazer alterações, voltamos à estrutura inicial e terminamos igual ao adversário."
Ocasião específica. "Esta estrutura de hoje foi pensada para este jogo, em função do momento do adversário. O Corinthians tem bons números em casa. Uma equipe com esta confiança nos faz pensar e abordar melhor o jogo. Não vivíamos o nosso melhor momento. Tivemos de abordar desta maneira e penso que foi bom. Não tivemos a eficácia na última zona para ter outro resultado. O time reagiu bem e lutou até o fim pelo resultado possível. Estamos contentes pelo comportamento, luta e competição."
O que falta para o estilo de jogo desejado? "A ideia está muito clara, não vamos abdicar dela. Temos muito claro que tem a ver com o ritmo. Hoje foi um jogo que gostei muito. Queremos essa agressividade, é a cultura do Santos, uma equipe que joga para frente, olhando para o gol do rival e vontade de jogar. Não temos muito tempo para treinar, não é uma desculpa qualquer, é a realidade. Eram quatro jogos em 12 dias e agora são três em nove."
Opções para zaga. "Não vou discutir decisões técnicas. O Luisão neste momento, fruto do que foi o gol do Botafogo-SP, não estaria no melhor nível de confiança para iniciar nesta posição tendo em conta isso. Jogamos com uma estrutura diferente. O Gil saiu no último jogo, já estava mais ou menos cansado, e não tinha condição de iniciar esse jogo. Queremos que a equipe jogue com a linha defensiva no meio de campo."
7 comentários
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Afranio Afonso Tannure
Caixinha precisa entender que Basso não tem condições de jogar no Santos. Colaborou bastante nos 7 X 1, e colaborou bastante no rebaixamento. Se não gosta do Gil, coloca algum garoto da base.
Luiz Alberto Monteiro Medeiros
Se o Luizão fica abalado com o gol contra o Botafogo deve procurar outra profissão. Se fosse assim o Basso já teria outro ofício faz tempo.
Paulo Candeloro
Esse tal de Caixote é mais um fanfarrão que caiu na Vila Belmiro. Só fala besteira, só faz besteira, não sabe armar o time, não sabe analisar um jogo, trocas exdrúxulas e vai levar o time para o buraco.