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A seleção dos Emirados Árabes Unidos tem chances reais de voltar a disputar uma Copa do Mundo após 35 anos e, para isso, aposta em uma legião de brasileiros.
Invasão brasileira
Oito jogadores nascidos no Brasil foram convocados para esta Data Fifa: o zagueiro Lucas Pimenta, o lateral-direito Marcus Meloni, os meias Fabio Lima e Luan Pereira, e os atacantes Jonatas Santos, Bruno Oliveira, Caio Lucas e Caio Canedo.
A legião de brasileiros já vem deixando sua marca na seleção. Fabio Lima tem 16 gols e já é o quinto maior artilheiro da história da seleção. Caio Canedo soma 10 tentos e aparece na sétima colocação. O ranking é liderado por Ali Mabkhout, com 76.
A presença dos brasileiros na seleção tem crescido ao longo dos anos. Muitos deles estão atuando há anos nos times do país e, por isso, ganharam o direito de se naturalizar e atuar pelos Emirados Árabes.
Classificação e jogos
O tempo passou muito rápido. Recebi o convite para jogar aqui há quase cinco anos e, naquele momento, foi uma oportunidade pela qual eu já vinha trabalhando há muito tempo. Hoje, olhando para trás, vejo que foi uma decisão acertada. O país me acolheu de uma maneira incrível, me proporcionou um crescimento enorme dentro e fora de campo. Sou muito grato por tudo. Caio Canedo, ao UOL
O técnico da seleção é velho conhecido do futebol brasileiro. O português Paulo Bento comanda os Emirados Árabes Unidos desde 2023. Ele teve breve passagem pelo Cruzeiro entre maio e julho de 2016.
Um sonho possível após 35 anos
Uma vaga na próxima Copa do Mundo é viável. Os Emirados Árabes Unidos estão com 10 pontos e aparecem em terceiro lugar no Grupo A das Eliminatórias Asiáticas. O Irã lidera com 16, e o Uzbequistão vem logo atrás, com 13. Os dois primeiros avançam direto, e o terceiro e o quarto vão para a repescagem.
Faltando quatro rodadas para o fim, os Emirados Árabes têm dois confrontos diretos. A seleção enfrentará Irã (fora) e Coreia do Norte (casa), em 19 e 25 de março, respectivamente, e terá Uzbequistão (casa) e Quirguistão (fora) nos dois últimos compromissos, em junho.
Sabemos da importância dessa classificação e do quanto ela significaria para o futebol do país, principalmente levando em conta todo o investimento e estrutura que vêm sendo desenvolvidos ao longo dos anos. Caio Canedo
A primeira e única participação dos Emirados Árabes Unidos na Copa do Mundo aconteceu em 1990, na Itália. A seleção somou três derrotas [Alemanha Ocidental, Iugoslávia e Colômbia] e foi eliminada na fase de grupos com a pior campanha geral.
Quem são os brasileiros convocados?
Lucas Pimenta (zagueiro)
O defensor tem 24 anos e surgiu na base do Botafogo. Ele se transferiu ao Al-Wahda em 2020 e atua pelo clube dos Emirados Árabes Unidos desde então.
Marcus Meloni (lateral-direito)
O ala tem 24 anos e surgiu na base do Palmeiras. O atleta se transferiu para o Sharjah, dos Emirados Árabes, em 2019 e está no clube até hoje. Ele já soma sete jogos pela seleção.
Fabio Lima (meio-campista)
O brasileiro tem 31 anos e é o grande destaque da seleção. O meia passou pela base do São Paulo, além de atuar profissionalmente por Icasa-CE, Atlético-GO e Vasco. Ele está desde 2014 no Al-Wasl.

Luan Pereira (meio-campista)
O meia surgiu na base do Avaí e chegou a atuar profissionalmente pelo clube catarinense. O atleta de 24 anos defende o Sharjah desde 2020.
Jonatas Santos (atacante)
O atacante surgiu na base do Fluminense e se mudou para os Emirados Árabes em 2020. Aos 23 anos, ele já passou por Hatta Club, Al-Ain e hoje está no Al-Wasl.
Bruno Oliveira (atacante)
O jogador tem 23 anos e passou pela base do Novorizontino. Ele se mudou para o Al-Jazira em 2019 e está no clube desde então. O atacante tem sete jogos pela seleção.
Caio Lucas (atacante)
Caio surgiu no América-SP, mas construiu boa parte da carreira na Ásia. Aos 30 anos, o atacante já passou por Chiba Kokusai e Kashima Antlers (Japão), Al-Ain e Sharjah (Emirados Árabes), além de uma breve passagem pelo Benfica (Portugal).
Caio Canedo (atacante)
O atacante de 34 anos é o que tem mais rodagem no futebol brasileiro entre os convocados. Ele passou por Volta Redonda, Botafogo, Figueirense, Internacional e Vitória. Em 2015, se mudou para o Al-Wasl, passou pelo Al-Ain e retornou ao seu primeiro clube nos Emirados Árabes.
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