Na seleção de Dorival, ninguém se firma como 9. Ainda que seja falso

Qual é a formação do ataque do Brasil? Dorival Júnior, mais uma vez, não vai repetir o que colocou em campo no jogo passado da seleção brasileira.

Contra a Colômbia, esqueça o camisa 9 de força e presença de área, papel de Igor Jesus nas quatro partidas anteriores do Brasil.

O centroavante do Botafogo, desta vez, nem convocado foi. Pagou o preço por um início para lá de instável do atual campeão brasileiro e da Libertadores.

Igor aumentou a lista de jogadores que chegaram a dar sinais de que poderiam tomar conta da posição. Na real, não há quem tenha abraçado esse espaço.

Tudo bem, Vini Jr. Raphinha e Rodrygo são indiscutíveis no momento. Mas quem vai completar o quarteto que ainda não é mágico? Ninguém se firmou como 9. Ainda que seja um falso 9.

Essa formação mais leve deve ser a que vai iniciar diante dos colombianos. Além do trio de Real Madrid e Barcelona, Savinho compôs a formação titular testada pelo treinador no treino de ontem, em Brasília. João Pedro também foi testado e pode ser uma opção.

Se quiser um 9?

Na convocação atual, Endrick e João Pedro são os que mais carregam as características de atacantes mais fixos. Mas mesmo assim são bem diferentes do que Igor Jesus - e até Pedro, chamado por Dorival antes da grave lesão no joelho - apresentam em campo.

No dinamismo que Dorival quer para o ataque, indicou que a preferência seja até pelo falso 9, ou algo do tipo.

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"Quero equipe de movimentação, de mobilidade, sem ficar posicionais. Seria fundamental isso. Independentemente dos nomes, todos sabem fazer gols, se movimentam, têm qualidade. Precisamos mudar comportamento e atacar espaço. É fundamental. A grande maioria das equipes não tem atacante de ofício, as maiores equipes não contam com centroavante de ofício e mesmo assim o número de gols é considerável", disse o técnico da seleção, após a convocação.

Vini Jr. e Rodrygo já foram aposta de dobradinha na frente, a exemplo do que aconteceu no Real Madrid pré-Mbappé. Na seleção, não deram caldo a ponto de Dorival abandonar completamente a ideia de centroavante - embora, individualmente, Rodrygo tenha até se destacado mais, como no gol da vitória sobre o Equador.

As circunstâncias antes do jogo contra a Colômbia - inicialmente desenhado para receber Neymar no time - agora forçam o treinador a buscar uma alternativa.

O corte do craque do Santos reabriu espaço para Endrick. Mesmo que a titularidade no Real Madrid pareça longe. Só que quando ainda pensava em um 9 mais fixo, Dorival não via o ex-atacante do Palmeiras como essa figura. O fim da Copa América foi até meio melancólico.

Faltava mais presença de área, um perfil que empurrasse mais a defesa adversária para trás. Igor Jesus trouxe isso nos quatro jogos que fez. Só que aí o hiato entre a reta final de 2024 e agora cobrou seu preço. John Textor diz que o Botafogo está em pré-temporada. O atacante caiu de produção em um time sem padrão e com interinos.

João Pedro vai bem no Brighton (sétimo lugar na Premier League). Mas já atuou até como camisa 10. Função que hoje é a mesma de Matheus Cunha no Wolverhampton.

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Curiosamente, Cunha sabe o que é ganhar chances como camisa 9 da seleção e não abraçar a vaga. Aconteceu antes da Copa 2022, ainda com Tite. Agora, ele foi chamado de novo, em uma função diferente.

"É uma função que pode ser útil. Dentro dessa formação vários jogadores em vários setores do campo. Fica até difícil uma nomenclatura", definiu Dorival.

Independentemente do nome da função ou característica de jogador, é inegável que o Brasil quer e precisa de gols.

5 comentários

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Luis Alberto de Araujo Ramos

Ah, Brasil, terra do Rei, Mas em campo? Um baita “ok”. Camisa pesada, mas time levinho, Parece que jogam de salto e terninho. Dorival chegou, prometeu renovar, Mas trouxe os mesmos pra tropeçar. Chama um volante, recua o time, E lá se vai mais um sonho sublime. Na Copa? Vergonha! Em casa? Chacota! Neymar machuca, Viní não bota. Passinho pro lado, drible pra trás, E gol que é bom? Fica pra mais. Argentina campeã, rindo de lá, Enquanto o Brasil só sabe chorar. Uruguai engole, Colômbia atropela, E a amarelinha? Só novela. “É só amistoso”, “É só renovação”, Mas na hora H, cadê decisão? Segue o fiasco, segue a vergonha, E o torcedor? Com raiva e insônia. “Hexa vem!” – grita um iludido, Mas com essa turma, até a Bolívia dá susto sabido. Dorival reza, a CBF finge, E o Brasil segue… virando meme.

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Luiz Alberto Magri

A última frase do texto é a apoteose do óbvio ululante a que se referia o Nelson Rodrigues: "é inegável que o Brasil quer e precisa de gols". Rapaz, precisávamos desse texto para poder chegar a essa conclusão . Vamos indicar o autor dessa matéria para uma vaga na ABL...

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Fernando Augusto Dias

Até agora ninguém se destacou com camisa nenhuma!!!!

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