PM define plano de segurança em final sem presença de órgão especializado
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A reunião preparatória do planejamento de operação da Polícia Militar, realizada hoje, definiu como será o sistema de "pré-triagem" de ingressos para o jogo de volta entre Corinthians e Palmeiras, pela final do Campeonato Paulista, na Neo Química Arena.
O que aconteceu
A reunião presencial contou com a presença de representantes das instituições públicas, dos clubes e das torcidas organizadas do Corinthians. Supervisores da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) e das concessionárias de transporte público de São Paulo também marcaram presença para expor as preocupações com possíveis problemas de deslocamento da torcida.
Ao contrário de reuniões anteriores, não houve nenhum representante da DRADE (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva).
É muito importante esse diálogo com as torcidas, né? Para que não ocorra nenhum incidente nos deslocamentos. A gente sabe que é um jogo no dia de semana, muita gente está trabalhando, deslocamento das pessoas também, com torcedores. tem que tomar esses cuidados, então a gente envolve a segurança de forma ampla na capital inteira, Grande São Paulo, todas as deliberações são direcionadas para o nosso coordenador operacional da Polícia Militar e dali partem os planos de ação para todos os batalhões da capital, da Grande São Paulo, onde estão localizadas as subsídios de torcida, onde estão localizadas as torcidas propriamente dita, então tem que ter um cuidado extra.
Major PM Zaccaro, do 2° Batalhão de Polícia de Choque, ao UOL
A PM tem preocupação com o acesso de torcedores com ingressos falsos e cambistas nas imediações da Arena. Para isso, as autoridades organizaram com o clube paulista uma fiscalização redobrada para a partida da próxima quinta-feira, às 21h35 (de Brasília).
Para coibir as vendas ilegais de ingressos nas redondezas do estádio, a PM leva em consideração as denúncias de civis para os flagrantes. Porém, a única forma de realmente resolver o problema é através da biometria facial, ainda não adotada pelo Corinthians.
Vamos fazer um trabalho de triagem, uma pré-triagem nos acessos. E aí vai ter funcionários do Corinthians com a identificação lá, sabendo se o ingresso de fato pode acessar ou não aquela localidade, né? A gente chama de 'checkpoint', só depois que ele vai passar pelas catracas. A gente tem essa preocupação de triar as pessoas, tanto que o que foi ressaltado na reunião para que eles [Corinthians] já divulguem que não haja essa presença de torcedores sem ingressos nas imediações.
Um exemplo que a gente sabe, é a biometria facial, que está funcionando muito bem no Allianz Parque. O sistema ajudou a reduzir muito a questão do cambismo. Então, a partir do meio do ano, a Lei Geral do Esporte já obriga todos os clubes a fazer a biometria. É uma tecnologia que vem para nos favorecer e vai inibir bastante essa questão do cambismo que, infelizmente, é uma prática corriqueira.
Major PM Zaccaro, do 2° Batalhão de Polícia de Choque
Apesar da torcida única, a PM organizou também um plano tático para acompanhar os locais de concentração e caravanas das organizadas. A Gaviões da Fiel, por exemplo, terá telão com exibição da partida em sua quadra.
O que a gente sabe é que vai ter concentração nas quadras de torcida, nas comunidades onde estão as subsedes e a gente sabe que eventualmente pode acontecer um encontro de torcida. Está reforçado em volta do estádio, torcida única nos favorece bastante, os dados nos apontam que diminuímos a ocorrência, aumentou a quantidade de torcedores. Dentro do estádio mesmo, atos de violência são pontuais, mas a gente tá preocupado com essa preparação global, né? Inclusive, o deslocamento de caravanas no interior, com tudo isso o comando da Polícia Militar vem se preocupando e fazendo reuniões já antecipadas. Esse aqui é o final, vamos dizer assim, o ajuste final, mas já estamos fazendo reuniões de alinhamento desde a semana passada em virtude dessa final.
Major PM Zaccaro, do 2° Batalhão de Polícia de Choque