Emiliano: Corinthians estava na Disney até baque que retomou sangue no olho
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Emiliano Díaz, auxiliar do Corinthians, admitiu que o elenco não estava com os pés no chão e "na Disney" até o baque da derrota para o Barcelona-EQU por 3 a 0, na ida da Pré-Libertadores. A eliminação no torneio continental fez o "sangue no olho" voltar para a conquista do Paulistão, que veio nesta quinta-feira.
Sempre acreditamos internamente. Chegamos a duas semis no ano passado no meio de um momento complicado no Brasileirão e ainda assim chegamos. Dava para acreditar mais. O que aconteceu com o Barcelona foi uma coisa muito forte para nós. Entendemos que vínhamos de nove jogos bons. O Corinthians estava na Disney e isso não é a realidade. Depois da pancada, colocamos o Corinthians de volta com os pés no chão. Depois do Barcelona, o grupo começou a sentir outra coisa no CT, a harmonia, o sangue no olho que tivemos lá atrás, quando estávamos no Z4.
Depois do jogo contra o Barcelona lá, falamos que íamos ser campeões paulistas. Sempre falo com o grupo que é muito difícil que todos participem do título. Dos jovens aos mais velhos, todos tiveram oportunidade e isso não acontece normalmente. Emiliano Díaz, em entrevista coletiva
O quem mais Ramón e Emiliano disseram?
Sem conformismo (Emiliano): "A mentalidade que trabalhamos e que o grupo tem é de não nos conformarmos com nada. Acabamos com uma barreira de seis anos sem títulos. Não é fácil um time tão grande ficar esse tempo sem título. Eles sofriam a pressão disso, havia um desespero, uma necessidade de ganhar e eles pagavam por isso. É acreditar no trabalho e não relaxarmos. Amanhã temos de acordar e pensar no Bahia, Huracán... Vamos desfrutar o título apenas por um dia."
Sacrifício de Garro (Emiliano): "Ele é incrível. Ele sentiu o joelho ontem e não podia caminhar no treino tático. Preparamos outra opção de jogo e hoje ele mandou mensagem dizendo que jogaria mesmo que fosse o último de sua carreira. Estou orgulhoso do grupo, dele. Foi uma semana difícil, tem muito tempo para se preparar à final, o que não acontece e é difícil manejar a ansiedade. Jogar uma final entre 11 dias é difícil. Não tem outro jeito de tratar dele. Não é uma lesão grave, mas é uma dor forte. Dependemos dele, de como se sente. Está fazendo de tudo para se recuperar. Ficou quase 3 semanas fora e não melhorou ainda. Temos de ter uma tecla justa para que ele se cure."
Sentem respaldo? (Emiliano): "Não é uma pergunta para mim. Isso se tem de perguntar para a diretoria. Sinto apoio total da diretoria. O resto, eu não posso falar. Trabalhamos para que o grupo esteja bem e conseguindo o que vem conseguindo. Temos de saber de onde viemos, como lutamos para conseguir isso. Estou muito feliz pelo grupo, sofreram muito, tenho de agradecer a eles pelo título. É seguir trabalhando do mesmo jeito que estamos, feliz pelo grupo, eles mereciam depois de tanta luta e sofrimento."
Carrasco de Abel? (Ramón): "[Abel] É um grande treinador, um grande clube, ganharam os últimos torneios. O mais importante é que o time é mentalizado para que compita, seja agressivo, tenhamos coragem de enfrentar esse tipo de jogo. O Corinthians vai crescendo dia a dia. Mérito dos jogadores, nós podemos ajudar taticamente, mas eles tiveram coragem em um momento tão difícil."
Certeza da defesa de Hugo (Ramón): "Sabíamos que o Hugo ia pegar. Sabemos o que ele é, sua categoria. Sabíamos que ia pegar, estávamos tranquilos. Na partida anterior, ele já havia pegado um pênalti. Tem muita confiança. O destino está marcado, então são situações que não vão mudar. Creio muito no destino, tenho muita fé e confiança nos jogadores e no que fazemos. É um prêmio justo à confiança que temos."
Química com torcida virou chave (Emiliano): "Jogar a primeira final e ganhar em casa contra o rival foi uma experiência incrível. A torcida começou a fazer a festa como sempre faz, não é só porque jogamos a final. Comprovamos hoje que é a melhor torcida do país. É agradecer. Ter a possibilidade de com seu trabalho fazer 35 milhões de pessoas felizes não acontece sempre. São pessoas que às vezes ficam sem dinheiro no fim do mês, sofrem muito e hoje podem levar um sorriso para casa. A torcida tem muita a ver com isso, acredita no grupo, houve química entre jogadores e eles. Os jogadores se sentem apoiados. A química entre eles foi a chave para a mudança em casa. Parabenizar a torcida e o jogador. A química fez o grupo se sentir respaldado nos momentos difíceis."