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Zubeldía cita até rival após revés no São Paulo e diz que vaias são normais

Luis Zubeldia, técnico do São Paulo, em jogo contra o Sport na estreia do Brasileirão - Marco Miatelo/AGIF Luis Zubeldia, técnico do São Paulo, em jogo contra o Sport na estreia do Brasileirão - Marco Miatelo/AGIF
Luis Zubeldia, técnico do São Paulo, em jogo contra o Sport na estreia do Brasileirão Imagem: Marco Miatelo/AGIF

Do UOL, em São Paulo (SP)

29/03/2025 22h08

Classificação e Jogos

Luis Zubeldía, técnico do São Paulo, citou o Palmeiras na coletiva de imprensa após o empate contra o Sport, na noite de hoje, no Morumbis, para explicar o uso da base do Tricolor.

A torcida vaiou e chamou o técnico de burro após o apito final, e Zubeldía disse que isso é normal por conta do resultado jogando em casa.

O que ele disse

Hoje quantos vieram aqui? [37 mil] Se não conseguimos os presentear com um triunfo, podemos sair desaprovados. Eu e qualquer dos jogadores, é normal. Nós sempre vamos precisar deles porque temos gente de experiência e muito jovens, vamos pouco a pouco encaixando melhor. Hoje fomos do menos pro mais, em todos os aspectos, e não deu, mas vamos melhorar. Zubeldía.

"Hoje jogaram dois meninos da base [Ferreira e Matheus Alves], 20, 25 minutos, na primeira divisão e precisávamos ganhar. Isso não é normal. Só o Palmeiras pode fazer essa situação porque já é um processo de um técnico de quatro, cinco anos, ganhando vários títulos. Primeira rodada do Brasileirão, eu usar dois meninos para ganhar um jogo não é normal. E no caso de Ryan [Francisco], é impossível que Jonathan [Calleri] ou André [Silva] tenham sequência de jogos durante toda a temporada. Sempre tem cartões, lesões e o espaço vai aparecer para que o Ryan possa mostrar o seu futebol. Mas enquanto André e Calleri estejam bem, a prioridade vai ser deles", acrescentou o técnico ao ser questionado sobre a minutagem dos garotos revelados em Cotia.

O treinador também falou sobre a sombra de Dorival Jr, demitido da seleção brasileira: "Não é um tema de clima ou não, é simplesmente entender que estamos falando de um técnico que saiu da Seleção e é muito querido aqui. É normal as emoções que possam aparecer por parte do torcedor. Tenho que fazer meu trabalho da melhor forma possível. Administrar essa situação não é fácil nem difícil, estou trabalhando para o São Paulo. Os sentimentos do torcedor são normais. Foram campeões, ganharam a Copa do Brasil, estava na Seleção Brasileira, então é lógico que se falem dele".

Veja outras falas da coletiva de Zubeldía

Ausência de Oscar pesou para o empate contra o Sport: "Nós pensávamos dentro do sistema, da organização que pensamos hoje o Oscar. Infelizmente não se recuperou. O Lucas nós sabíamos que não estaria, praticamos as duas organizações, a do primeiro e do segundo. Quando vimos que o Oscar não ia jogar esse jogo não quisemos correr riscos e nos organizamos para estar equilibrado em campo. Acho que isso aconteceu no 2º tempo, fomos mais verticais, com mais amplitude, mais drible, mais cruzamentos, mais chutes. Mas foi insuficiente. Está claro que o empate de hoje não é o que buscávamos, mas a segunda parte eu gostei mais. O primeiro tempo tem o fator do pênalti, sentimos o pênalti perdido e faltou o gol".

Desempenho melhor no 2º tempo: "As duas formações, no 2º tempo trabalhamos no amistoso. O Alves, o Ferreira, lhe serviram muitíssimo. Eles puderam fazer o amistoso contra o São Bernardo e vi suas condições para entrarem hoje. Esses 20 dias me serviram para que eles se preparem para nos dar solução, por que eles estão dentro de um elenco muito curto. Eu falo isso pela segunda vez: fizemos o planejamento com o Oscar, para nos dar mais criatividade. Sem ele sofremos, é quem poderia nos fazer funcionar melhor. Fizemos um primeiro tempo com muita pouca situações, tivemos pênalti aos 2 minutos e acho que isso nos custos reverter essa situação. Já no 2º tempo fizemos um bom trabalho, e foi isso que foi feito durante a semana".

Jogo contra o Talleres: "São coisas diferentes. Me preocupa não ganhar no Brasileirão, por isso queria ganhar. Mas Libertadores é outra coisa, vai ser duríssimo. Os times argentinos têm muita intensidade, vocês já sabem, então vai ser outra coisa".

Meio-campo com Luis Gustavo, Alisson e Marcos Antônio: "Eles não têm a culpa. A organização estava pensada de uma maneira e lamentavelmente não quis mudar para seguir com uma estrutura, para dar segurança a eles, mas no 2º tempo fomos melhores em todos os sentidos. Obviamente fomos trabalhando o jogo com o acidente de errar o pênalti, não é desculpa, mas poderia nos colocar na frente do marcador e dar confiança. Acho que com as mudanças todos foram bem. Na segunda parte o time esteve bem melhor".

Uso da base: "De todas as equipes grandes, queria ver quem coloca três meninos. O elenco é curto porque tinha que dar lugar aos meninos de Cotia e hoje, no primeiro jogo do Brasileirão, entraram dois que tinha que resolver um resultado, Tem que analisar todos os times e quantos eles colocaram para ganhar um jogo. Isso é trabalho, tempo e não é fácil. Eu desejo que possamos cuidar com Lucas, Oscar, daqui até os 20 jogos em julho. Mas queria saber dos 12, 13 com mais história, quem colocou dois meninos para resolver um jogo e ganhar. Eles foram bem, mas não é normal. É preciso ter um pouco de paciência e reconhecer essa situação também".

Oscar pode jogar a estreia na Libertadores? "Deus queira que sim. Eu não quero acelerar o processo. Vocês nunca vou ouvir eu falar sobre acelerar o processo de um jogador lesionado. Aconteceu com o Pablo e não vim a falar que precisava de um volante, aconteceu com Lucas, Oscar. Sabíamos que isso podia acontecer, então agora temos que trabalhar e jogarão outros jogadores, como foi hoje".

Luan reintegrado ao elenco: "Ele agradeceu por ter sido reincorporado ao elenco, mas perdeu bastante tempo em sua preparação. Vai ter um tempo importante para ele se manter bem fisicamente, conheço ele e acho que precisa estar bem fisicamente. Agora ficar aqui, não aconteceu de encontrar um clube, então tem que se manter bem fisicamente".

São Paulo