Topo

Santos

Rollo ganha tempo para convencer Conselho a vender Veríssimo: 'Urgente'

O Benfica ofereceu empréstimo de um ano, com obrigação de compra de Lucas Veríssimo - Ivan Storti/Santos FC
O Benfica ofereceu empréstimo de um ano, com obrigação de compra de Lucas Veríssimo Imagem: Ivan Storti/Santos FC

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

18/11/2020 06h00

O presidente do Santos, Orlando Rollo, tenta ao máximo convencer o Conselho Deliberativo a aceitar a venda de Lucas Veríssimo ao Benfica, de Portugal.

Com o parecer desfavorável do Conselho Fiscal, os conselheiros disseram "não" para a negociação na noite de ontem, em reunião virtual. Com a "derrota", Rollo pediu reconsideração. E ganhou tempo.

O Benfica ofereceu o empréstimo de um ano, com obrigação de compra em 6,5 milhões de euros (R$ 41,1 mi), em cinco parcelas anuais a partir de 2022. O Peixe anteciparia esse valor por meio de uma instituição financeira belga, sob comissão de 15% e outros encargos. Dessa forma, sobrariam, de acordo com o controller Roberto Rabelato, cerca de 5,1 milhões de euros (R$ 32,2 mi).

Os conselheiros ficaram receosos com essa operação e pediram mais detalhes. Presidente do Conselho, Marcelo Teixeira pediu a Rollo para oferecer mais informações ao Conselho Fiscal, que emitirá novo parecer. E a votação emergencial deve ocorrer ainda nessa semana.

"É urgente. Clube pode fechar as portas sem essa negociação. E a operação é legítima. Comitê de Gestão do Santos não terá responsabilidade caso percamos todos os jogadores de graça. Conste-se em ata. O Comitê de Gestão trouxe a solução. Não poderemos ficar com essa pecha", disse Orlando Rollo, durante a reunião.

Veríssimo também recebeu uma proposta de 6 milhões de dólares (R$ 32 mi) do Al-Nassr, da Arábia Saudita - 3,5 milhões de dólares neste mês e 3 milhões de dólares em janeiro. O jogador, porém, não tem interesse em sair do Santos e não ir para a Europa.

Com o dinheiro da venda de Lucas Veríssimo, o Santos pretendia quitar todas as pendências com o elenco e pode ter de buscar outras formas. O Peixe deve 30% do salário de outubro, parcela do acordo salarial feito após a paralisação do futebol, três a quatro meses em direitos de imagem e premiação aos jogadores. Há o risco de perder atletas de graça.

O Alvinegro ainda se organizaria para acabar com os processos na Fifa. Depois de resolver os imbróglios com Hamburgo (ALE) e Huachipato (CHI), o clube tenta acordo com o Atlético Nacional (COL) por dívida de cerca de R$ 5 milhões da contratação de Felipe Aguilar, hoje no Athletico. Dessa forma, o Santos poderia voltar a registrar atletas.

Vale lembrar que a aprovação do Conselho é necessária por causa do período eleitoral no Peixe. O Estatuto Social prevê anuência dos conselheiros para compras, vendas ou empréstimos. O pleito está marcado para o dia 12 de dezembro. O presidente em exercício Orlando Rollo não é candidato.

O único concorrente com chapa registrada é Fernando Silva. Há sete pré-candidatos: Andrés Rueda, Daniel Curi, Esmeraldo Tarquínio, Milton Teixeira Filho, Ricardo Agostinho, Rodrigo Marino e Vagner Lombardi. Marcelo Teixeira pode ser mais um postulante.

Santos