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Corinthians espera oficializar acordo com a Caixa ainda em janeiro

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

05/01/2021 07h00

A nova diretoria do Corinthians espera anunciar ainda em janeiro o acordo feito com a Caixa Econômica Federal sobre o pagamento do empréstimo recolhido para construir a Neo Química Arena.

Os últimos dois meses foram de avanços substanciais na resolução de burocracias e, conforme apurou a Gazeta Esportiva, neste momento os departamentos jurídicos estão em fase final do aditivo contratual.

Esse processo nada mais é do que a atualização do contrato original, com as mudanças combinadas em novembro do ano passado.

Profissionais envolvidos no negócio garantem que essa parte final costuma ser mais ágil e que "o mais difícil já foi solucionado". Por isso, a expectativa é grande no Parque São Jorge para que em pouco tempo tudo seja confirmado.

Antes do documento ser oficializado, ele ainda precisa passar por aprovação de órgãos federais devido ao fato do acordo envolver um banco público.

O valor estipulado ficou em R$ 569 milhões e a partir de agora as parcelas serão anuais, e não mais mensais. O prazo também foi estendido. O clube tinha até 2028 para quitar a pendência. Neste novo formato, o vencimento da última prestação ficará para 2039.

Um detalhe importante é que o Corinthians convenceu a Caixa a iniciar os pagamentos em 2022. A crise criada pela pandemia do coronavírus foi o argumento utilizado pelos representantes corintianos.

Desta maneira, o Corinthians usará todo o montante recolhido por meio da venda do naming rights do estádio para abater a dívida com a Caixa. Não à toa, o acordo com o banco terá o mesmo período de validade do contrato do clube com Hypera Pharma.

Os R$ 15 milhões anuais arcados pela empresa farmacêutica serão destinados integralmente à Caixa. Ao fim, serão R$ 300 milhões, sempre corrigidos pelo IGP-M.

Desta maneira, o Corinthians ficará responsável por R$ 269 milhões, que terão de ser pagos em 18 anos. O valor será sempre corrigido pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo).

As parcelas que o clube assumirá nunca passarão de R$ 38 milhões. Isso significa que o Corinthians poderá decidir entre usar todo o restante da receita que a Neo Química Arena produzir para outro fim ou para adiantar parcelas.

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