Escolha por Roberto de Andrade pegou aliados de Duílio de surpresa
Duílio Monteiro Alves surpreendeu muita gente dentro do Corinthians ao nomear Roberto de Andrade como diretor de futebol.
Em sua primeira entrevista coletiva já empossado da presidência, Duílio justificou a decisão.
"Ele se afastou, mas achei importante ter uma figura de um ex-presidente e uma pessoa que foi vitoriosa. Temos de entender que a partir de hoje o Corinthians tem de ser um só".
A reportagem apurou que a escolha não foi tão bem compreendida, tanto por oposicionistas quanto por aliados do mandatário. Poucos - talvez ninguém - imaginavam que essa seria a escolha de Duílio.
O fato de Roberto ter se afastado da vida política do clube nos últimos anos e por Duílio não ter dado oportunidade a uma pessoa nova, que pudesse completar uma espécie de formação como dirigente, a exemplo do que aconteceu na trajetória do próprio Duílio, prática antiga do grupo que está no poder desde o fim de 2007, chamaram atenção.
Aliás, para pessoas que estão auxiliando Duílio, um dos pontos que pesavam a favor de Roberto de Andrade antes da nomeação era justamente a impressão de que ali estaria alguém sem pretensão de concorrer à presidência na próxima eleição. A possibilidade, porém, não foi totalmente descartada por Roberto na última terça-feira.
"Não acho nada fora de cogitação, só acho fora de hora. E não é para mim que você tem de perguntar, e sim para quem talvez possa me alçar. Mas, não estou pensando nisso, de forma nenhuma. Não estou pensando, já fui presidente, se eu tinha essa vontade, já foi, já passou. Estou aqui para trabalhar com o Duílio. As pessoas mudam de opinião, de roupa de tudo, também posso mudar, mas hoje não penso de forma nenhuma nisso".
Roberto de Andrade foi presidente do Corinthians no triênio 2015-2017, período em que foi bicampeão brasileiro e que Roberto teve de superar um pedido de impeachment. Ele também já havia desempenhado a função de diretor de futebol entre 2010 e 2013, anos em que o clube conquistou o Campeonato Brasileiro, Libertadores, Mundial, Recopa Sul-Americana e Campeonato Paulista.
Há também quem esteja magoado, de certa maneira, decepcionado com Duílio Monteiro Alves.
Pessoas que trabalharam com o agora presidente quando ele ainda desempenhava função como diretor, que o apoiaram na eleição, entendem que foram "escanteadas" depois do período eleitoral, sem qualquer tipo de conversa ou até mesmo por meio de menções formais.
Essas decepções, no entanto, não implicam em rebeldia ou qualquer ação que possa prejudicar o novo mandatário. Por isso, inclusive, elas preferem o anonimato neste momento.
Todo esse cenário, que envolve a escolha por Roberto de Andrade, a extinção das função de diretores-adjuntos de futebol, o afastamento de alguns aliados, a aproximação de pessoas que, até então, se colocavam como oposicionistas, pegou muitos sócios e conselheiros de surpresa.
No Parque São Jorge, a expectativa e a cautela aumentaram, em diferentes grupos, para saber como o governo que está sendo montado por Duílio Monteiro Alves agirá daqui para frente, fundamentalmente porque algumas nomeações ainda estão pendentes.
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