Zagueiro da base do Santos deve sair um mês antes do fim da punição por doping
O Santos deve dispensar nos próximos dias mais um jogador com passagem pelas categorias de base. Dessa vez, porém, o caso é diferente.
O zagueiro Gabriel Oliveira, de 22 anos, foi suspenso em exame antidoping realizado no dia 29 de setembro de 2019, em jogo contra o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro Sub-20.
A pena foi de 18 meses de suspensão pelo uso de hidroclorotiazida, clorotiazida e furosemida, substâncias diuréticas proibidas pela Agência Mundial Antidopagem.
Em janeiro de 2020, Gabriel apresentou a provável origem das substâncias: o medicamento natural "Naturale Detox". O laudo de 18 de fevereiro de 2020 mostrou só a hidroclorotiazida em concentração não identificada. Em março de 2020, um acordo de 10 meses de suspensão foi feito. O TJD, porém, não homologou o acerto. E uma nova audiência foi marcada para 7 de maio. Sem a comprovação da origem da furosemida, a pena de 18 meses foi mantida.
A suspensão termina em março, mas o contrato de Gabriel se encerra logo mais, em 25 de fevereiro. O atleta foi contratado em 2018, junto ao Vitória, por R$ 1,5 milhão. Ele tem passagens pelas seleções brasileiras sub-17 e sub-20, inclusive como capitão.
O estafe de Gabriel Oliveira relata um descaso do Santos na gestão do ex-presidente José Carlos Peres, mas afirma que o defensor quer renovar e descarta processo trabalhista.
"Ele foi suspenso por um ano e seis meses. Um médico à época autorizou o remédio para retenção de líquido. Médico viu a bula e autorizou. Clube não deu assistência alguma, nada. Ligávamos e não atendiam. Pagamos advogado e contraprova do doping. Mais de R$ 30 mil nossos. Absurdo o que Peres fez no Santos", disse o empresário Ricardo Ferrarezi, à Gazeta Esportiva.
"Ele quer a renovação. Fala que o clube investiu nele e não conseguiu jogar. Ele só quer ficar, com o mesmo salário, sem aumento, sem nada. Só quer oportunidade. Ele foi procurado no Brasil, Bélgica e Portugal, mas quer ficar. Inclusive, ele recebeu uma proposta de 1,5 milhão de euros em 2018 e Peres não liberou. Poderíamos entrar na Justiça, mas Gabriel não quer isso. Só quer ficar", completou o agente.
A Gazeta procurou José Carlos Peres. E o ex-presidente mostrou desconhecer a situação.
"Estou surpreso. Nunca fui notificado sobre esse caso do Gabriel. E se não sou demandado, como poderia ajudá-lo? Se eu fosse avisado, tentaria ajudar", falou Peres.
Gabriel Oliveira fez alguns treinos no elenco profissional, mas nunca estreou. Ele atuou pelo sub-20 e pelo time B desde quando chegou, em março de 2018. À época, o presidente José Carlos Peres falava a pessoas próximas sobre ter contratado um craque.
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