Coordenador médico da CBF: 'Futebol não gerou complicação' na pandemia
Após reunião com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), nesta quarta-feira, a Associação Nacional dos Clubes de Futebol anunciou que, por unanimidade, foi decidido que o futebol deve continuar, apesar do pior momento da pandemia de covid-19 no Brasil.
Em entrevista exclusiva ao Gazeta Esportiva, da TV Gazeta, nesta quarta-feira, o Dr. Jorge Pagura, coordenador médico da CBF, garantiu que o futebol não seguiu a curva epidemiológica dos estados e do país em nenhum momento da pandemia, além de assegurar que o esporte não gerou nenhum tipo de complicação.
"A nossa comissão apresentou os dados relativos a toda temporada de 2020, dados astronômicos, o maior estudo feito no mundo do futebol em tempos de pandemia. Esse estudo conta com um grupo de mais de 40 pessoas, sendo cinco médicos relacionados ao futebol e cinco infectologistas e epistemologistas . Fizemos mais de 90 testes, em todas as séries, mais de 2400 jogos. A base do protocolo foi a busca ativa daqueles que estavam assintomáticos. E a retirada e a monitoração dos atletas se mostrou altamente efetiva. Vimos um futebol controlado. Nós não seguimos a curva epidemiológica dos estados e do país. O futebol não gerou nenhum tipo de complicação", comentou.
O coordenador médico da CBF ainda afirmou que a atual situação da pandemia de coronavírus no Brasil é decorrente das aglomerações durante as recentes datas festivas.
"A gente tem o maior respeito pela vida. Nós estamos vivendo (essa nova crise de coronavírus) uma parte por essa mutação e uma pelo desleixo, como natal, ano novo e carnaval. Todo mundo sabia que ia estourar. A praia e o bar estavam cheios, e as pessoas sem máscaras. Então as atividades que se protegeram, como o futebol, acabaram sendo penalizadas. O futebol não gera isso", afirmou.
Por fim, o Dr. Jorge Pagura voltou a garantir a segurança nas realizações das partidas de futebol pelo país e disse que a CBF pode fazer modificações em seus protocolos com o tempo.
"Antes de começar o futebol, nós tínhamos uma média de 52 atletas infectados, contanto séries A, B e C. Nas rodadas seguintes, caiu para 26, uma redução de 52%. Houve surtos, mas foram localizados e não interferiram na média geral. Estou muito preocupado com essas variantes, mas temos o nosso grupo. À medida que as coisas foram ocorrendo, a gente pode fazer modificações. Chegamos até a fazer sequenciamento de vírus. Estamos utilizando agora uma normativa que nós somos os primeiros a dosar mil casos os chamados anticorpos neutralizantes. Isso não foi feito no mundo. Estamos tomando todos os cuidados", concluiu.
Nesta quarta-feira, o Brasil registrou 2.349 mortes provocadas pelo novo coronavírus em um intervalo de 24 horas, um novo recorde. Na terça-feira, o Ministério Público de São Paulo recomendou oficialmente a paralisação do futebol ao governador do Estado, João Dória.
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