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Duílio diz que Corinthians detém 100% dos direitos de trio de reforços

Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians  - Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians
Duilio Monteiro Alves, presidente do Corinthians Imagem: Rodrigo Coca/ Ag. Corinthians

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

17/10/2021 06h00

Principais reforços do Corinthians na temporada de 2021, Giuliano, Renato Augusto, Róger Guedes e Willian já foram anunciados pelo clube há mais de um mês. Ontem (16), Duílio Monteiro Alves, presidente do clube, revelou a porcentagem dos direitos econômicos e federativos que a equipe alvinegra detém de cada atleta.

Em entrevista ao "Bola da Vez", da ESPN Brasil, Duílio informou que o Corinthians detém 100% dos direitos de Giuliano, Willian e Renato Augusto. Já Róger Guedes tem 40% de seus direitos ligados ao clube.

"Existem formas de você trazer jogadores. No caso, esses atletas estavam livres porque abriram mão de dinheiro que tinham a receber. Normalmente você paga uma luva ou um prêmio de assinatura quando o atleta está livre e teria os direitos. A gente conseguiu fazer esses negócios com algumas composições. No caso do Willian, do Giuliano e do Renato Augusto, 100% (dos direitos econômicos e federativos) são do Corinthians, se não me engano. No caso do Róger Guedes, que é um atleta mais jovem, com potencial de venda, e que tinha propostas de diversos clubes do mundo com valores bem altos, o Corinthians pagou uma parte e tem 40% de seus direitos", revelou o dirigente.

O presidente corintiano avaliou positivamente o negócio com Róger Guedes e também informou que o Timão terá de pagar por outra porcentagem dos direitos do jogador se ele for vendido.

"Entendo como bom negócio, o Corinthians tem um atleta para usar durante quatro ou cinco anos, se não tiver nenhum tipo de venda. E tem também no contrato que o Corinthians paga [mais] uma parte desses direitos se o atleta for vendido. Para o Corinthians, foi um excelente negócio, o atleta quis jogar aqui. Lógico que todos são bem remunerados, mas todos fizeram um esforço e tiveram vontade para jogar no Corinthians", afirmou.

Renovação de Gabriel Pereira

Duílio também falou sobre a renovação de contrato com Gabriel Pereira, o GP. O meia de 20 anos tem contrato até março de 2022 e tem chamado a atenção dentro de campo, conquistando a titularidade na equipe do técnico Sylvinho.

"O (vínculo) do GP é até março (de 2022). A gente já vem em uma conversa há quase seis meses com seu procurador. Imagino que nos próximos dias a gente tenha um fim, estou otimista. É um grande jogador. A gente não pode esquecer que a valorização dele é no Corinthians, com o time que o clube tem, na oportunidade que estamos dando. Temos muitos nos jogadores no mundo todo, mas vestindo a camisa do Corinthians, sendo titular, com o elenco que tem ao redor dele e com a torcida que ele tem... Tem o valor do Corinthians nesse processo, o empresário e o atleta sabem disso, dão valor. Estamos tranquilos em relação a isso", assegurou.

Vendas de jovens atletas

Por fim, Duílio falou sobre os jovens jogadores do Corinthians e possíveis vendas, além de revelar que o clube depende de R$ 90 milhões em vendas de atletas para se manter dentro do orçamento.

"O Corinthians teve bastante procura em seus jovens nesse ano. O Raul Gustavo, zagueiro, foi um jogador que bateu na trave (para ir embora), mas não vendemos. Muitos falam que só não foi porque ele não quis ir, mas não é verdade. O Piton também. O Corinthians tem essa necessidade no orçamento de venda de R$ 90 milhões, que inicialmente era R$ 70 milhões, mas na revisão orçamentária, por conta da pandemia, vimos que temos a necessidade de venda de R$ 90 milhões para fechar o orçamento. A gente buscou um outro lado, de novas receitas e corte de despesas para não se desfazer dos atletas nos valores propostos. Temos até o fim do ano (para chegar nesse valor), mas não tenho previsão ainda de venda de atletas, pela janela do fim de ano não ser uma janela forte e por estar iniciando no mês de dezembro", disse.

"O Corinthians teve uma postura diferente nesse ano, na minha gestão, de não vender por valores que a gente entendia que não eram corretos, de mercado. A gente não pode esquecer do momento do mundo, da crise, da pandemia. Muitas vezes você se arrepende de não ter vendido o atleta por valor tal e essa proposta nunca mais aparecer, mas, outras vezes, vale a pena. A gente não sabe se foi um acerto ou um erro, as decisões tem que ser tomadas diariamente. Não sei se não vender o Xavier, o Raul Gustavo ou o Piton vai ser bom lá na frente. Isso vamos saber no futuro. A postura foi essa: de o Corinthians valorizar mais seus atletas, mesmo que isso resulte em não cumprir 100% o orçamento em venda de atletas", concluiu.

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