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Polícia identifica seis responsáveis por ameaças a Cássio; Willian também foi alvo

Alguns dos identificados por ataques ao goleiro do Corinthians já estão prestando depoimento na delegacia - Marcello Zambrana/AGIF
Alguns dos identificados por ataques ao goleiro do Corinthians já estão prestando depoimento na delegacia Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

08/04/2022 16h07Atualizada em 08/04/2022 16h43

A polícia encontrou sete perfis de redes sociais que ameaçaram de morte e violência o goleiro Cássio, do Corinthians, e sua esposa durante a tarde de ontem.

Destes, seis já foram identificados e alguns deles já estão prestando depoimento na Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Dope/Drade). O meia Willian também foi alvo de ameaças.

"Primeiro, preciso dizer que foi um trabalho rápido da Polícia Civil. Desde que o Corinthians procurou o Dope, a nossa unidade de inteligência já conseguiu a identificação do perfil desses torcedores, de Instagram e Twitter, que ameaçaram jogadores e dirigentes, o próprio presidente do Corinthians. Foram, no total, sete torcedores. Desses sete, seis já estão identificados", iniciou o delegado responsável pelo caso, Cesar Saad, com exclusividade à TV Gazeta.

"Estamos aguardando agora a resposta do último perfil que está faltando. Alguns já estão aqui prestando depoimento, todos respondendo pelo crime de ameaça", finalizou.

Willian também sofre ataques

Além de Cássio, sua mulher e Gil, outro jogador que recebeu ameaças, inclusive por meio das filhas, foi o meia Willian, nesta sexta-feira.

Filha do meia do Corinthians recebeu mensagens com ameaças nas últimas horas - Reprodução/Twitter - Reprodução/Twitter
Filha do meia do Corinthians recebeu mensagens com ameaças nas últimas horas
Imagem: Reprodução/Twitter

"O Willian recebeu uma mensagem que dizia que ele seria o primeiro jogador do Corinthians que teria o carro incendiado. Hoje (sexta), fomos surpreendidos com uma covardia total, torcedores, criminosos, mandando mensagens para as filhas dele nas redes sociais com ameaças sobre o pai, que tinha que jogar bem, enfim, é absurdo e inaceitável a filha de alguém, um jogador ou profissional de qualquer área, receber uma mensagem como esta".

O delegado também informou que as torcidas organizadas Gaviões da Fiel e Camisa 12 estão colaborando desde o início para a identificação dos criminosos.

"As duas maiores torcidas organizadas do Corinthians estiveram aqui, Gaviões da Fiel e Camisa 12, os presidentes estão colaborando com a polícia, dizendo que as torcidas repudiam esse tipo de atitude, tanto que eles foram pessoalmente ao Centro de Treinamento conversar com os jogadores, os próprios jogadores disseram que não houve ameaças e nem tom exaltado, foi uma cobrança diante da fase que o Corinthians está passando", falou.

Agora, a Federação Paulista de Futebol (FPF) será oficiada pela Polícia Civil para que esses torcedores sejam proibidos de entrar em estádios nos jogos do Corinthians.

Entenda o caso

A última quinta-feira foi bastante agitada nos bastidores do Corinthians. No treino realizado durante a manhã, alguns torcedores da organizada Gaviões da Fiel foram autorizados a entrar no CT Dr. Joaquim Grava e conversar com elenco e comissão técnica. A ideia da torcida era cobrar raça e vontade.

Cássio e Gil em ação durante jogo do Corinthians; zagueiro foi citado em ameaças - Alan Morici/AGIF - Alan Morici/AGIF
Cássio e Gil em ação durante jogo do Corinthians; zagueiro foi citado em ameaças
Imagem: Alan Morici/AGIF

Pouco depois, ao responder uma mensagem de um torcedor, Janara Sackl, esposa de Cássio, foi ameaçada com fotos e áudios de um perfil no Instagram, que chegaram até o goleiro por meio do personal trainer de Janara. Em uma das mensagens, um revólver e balas aparecem em cima da camisa do Corinthians.

Além do goleiro, outro citado nos conteúdos das mensagens de ameaça é o zagueiro Gil, que apagou fotos com a camisa do clube em suas redes sociais após o ocorrido.

O Corinthians se manifestou após o ocorrido. Em nota, repudiou a ação e afirmou que já acionou a Delegacia de Polícia e Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva, "a fim de tomar as medidas cabíveis para a segurança dos atletas", com o desejo que o autor do crime "seja submetido às penas da lei".

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