Campeão com Lille e quarteto ofensivo: conheça Christophe Galtier, novo técnico do PSG
Após a saída de Mauricio Pochettino, o Paris Saint-Germain anunciou, também nesta terça-feira, a chegada de Christophe Galtier. O técnico é o recordista de jogos à beira do gramado com o Saint-Étienne, venceu o Campeonato Francês 2020/21 pelo Lille e costuma optar por um 4-4-2, favorecendo o jogo ofensivo.
Carreira
O novo comandante do PSG pendurou as chuteiras em 1999 depois de defender times relevantes da França, como Lille e Olympique de Marselha, clube em que virou auxiliar técnico logo após a aposentadoria. Pela equipe, aliás, ele trabalhou com Abel Braga.
Após dez anos como auxiliar, Galtier, enfim, se tornou técnico em dezembro de 2009, quando assumiu o Saint-Étienne. Ele ficou no time até o fim da temporada 2016/17 e esteve à beira do campo em 361 oportunidades.
Galtier salvou o Saint-Étienne do rebaixamento em sua primeira temporada e, nas seguintes, ocupou a parte de cima da tabela, alcançando a quarta posição em 2013/14. O treinador ainda ganhou a Copa da Liga Francesa 2012/13, primeiro título do clube após 32 anos e que garantiu vaga na Europa League.
??Christophe Galtier, o novo treinador do PSG, em sua carreira de treinador
? 556 jogos
? 265V | 138E | 162D
? 798 gols pró
? 606 gols sofridos
? Campeão francês pelo Lille em 20/21
? Treinador com mais jogos pelo Saint-Étienne (361)
Vai se dar bem em Paris? Liga dos Campeões 2019/20 (caiu na fase de grupos). Com o bom desempenho, foi eleito pela revista France Football o melhor treinador do país em 2019 e 2021.
Em 2021, Galtier assinou com o Nice e terminou na 5ª colocação da última edição do torneio nacional. Na mesma temporada, a equipe chegou à final da Copa da França, mas foi superada pelo Nantes por 1 a 0 na decisão.
Estilo de jogo
Tanto no Lille como no Nice, Galtier optou majoritariamente pelo 4-4-2, com muitos ataques pelas laterais e jogadores ofensivos fechando em direção ao centro do campo.
No caso do PSG, o treinador conta com duas ótimas opções para as laterais: Nuno Mendes e Achraf Hakimi. O primeiro, na esquerda, e o segundo, na direita, são rápidos, técnicos e têm boa capacidade de drible. Essas características se tornam fundamentais para construir os ataques.
Enquanto os laterais ficam bastante abertos e avançam de forma aguda, pontas e atacantes tendem a permanecer no corredor central. Mais próximos, eles constroem tabelas com passes curtos e atraem os marcadores, geralmente liberando espaço para os já citados laterais. Esse tipo de jogada deve gerar grandes frutos no PSG, tendo em vista a gigantesca qualidade técnica de Neymar, Kylian Mbappé e Lionel Messi.
No entanto, o quarteto ofensivo também cai pelas laterais do campo em momentos oportunos. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando um lateral atraiu o seu marcador e, assim, deixou espaço para outro companheiro.
Caso opte pelo 4-4-2 no PSG, Galtier pode escalar Neymar na esquerda, Mauro Icardi e Mbappé no meio e Messi na direita. A única dúvida está relacionada ao centroavante argentino, que não vive grande fase no futebol francês. Caso ele fique no banco, o brasileiro pode atuar mais avançado e flutuando, dando espaço a outro meia (como Julian Draxler, por exemplo).
Ainda em relação aos atacantes centrais: em seus últimos clubes, Galtier contava com centroavantes mais "clássicos", que faziam pivô e atraíam os zagueiros adversários. No PSG, entretanto, as estrelas do ataque não possuem essa característica. Com isso, seria necessário ou escalar Icardi, em busca de retomar a sua boa fase, ou alterar o esquema tático ou contratar um jogador para essa função.
Por fim, quanto à marcação, Galtier costuma exercer uma pressão no campo ofensivo. Assim, os jogadores cercam o adversário no setor em que está a bola para recuperar a posse o quanto antes. Com isso, a defesa atua em linhas altas e deixa bastante espaço livre em suas costas (o que não deve ser um grande problema, visto que Marquinhos e Kimpembe são velozes).
Diante de tudo que foi exposto, um possível Paris Saint-Germain de Christophe Galtier poderia ser escalado com: Donnarumma; Hakimi, Marquinhos, Kimpembe (Ramos) e Mendes; Paredes e Verratti; Messi, Mbappé, Icardi (Draxler) e Neymar.
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