Lisca quer usar semana livre para reativar 'DNA ofensivo' do Santos

Depois de uma maratona de jogos, o Santos enfim ganhou uma janela de tempo maior para trabalhar. Depois de empatar com o Fortaleza no domingo, o time só volta a campo agora na segunda-feira, quando recebe o Fluminense. O período coincide justamente com a chagada de Lisca, que pretende reformular o jeito de jogar do clube.

Apresentado ao elenco na última quinta-feira, o técnico precisou de pouco tempo para identificar alguns problemas no Peixe. Além do erro na logística, ele também pretende reativar o DNA alvinegro. Ou seja, a ideia é tentar deixar a equipe mais ofensiva, mas sem sem se descuidar na defesa.

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"Eu quero o jeito Santos, a cara do Santos. Um time insinuante, agressivo, que agride, mas marca bem. No futebol de hoje não adianta só jogar para frente. Tem que saber defender e atacar. Os momentos das transições são definitivos no futebol atual. Quando você rouba a bola e sai, e quando você perde a bola também", disse o treinador após o jogo contra o Fortaleza.

"Estou procurando fazer um jogo mais ofensivo, um jogo de posição, de agressividade. Nós temos muito conteúdo aqui. Não é pouco. Tem muito conteúdo aqui no Brasil. No América-MG eu peguei muita gente boa e evoluí demais lá. Em leitura de jogo, vocabulário, mesmo com muito tempo de carreira, gostei demais dessa passagem. Eu quero passar para os jogadores a cara do Santos. Um time audacioso, que agride, marca, joga, circula a bola, que tem talento", completou.

Nos últimos jogos, o Santos vem encontrando dificuldades para ser efetivo no ataque. Não a toa, o time marcou somente oito gols nos últimos dez embates (média de 0,8 por partida). No empate de 0 a 0 com o Fortaleza, por exemplo, o Peixe finalizou apenas três vezes no alvo.

Para tentar melhorar esses números, Lisca aposta nos garotos. Com dificuldades de fazer contratações, o elenco do Alvinegro é recheado de garotos da base e muito deles já têm a responsabilidade de serem titulares.

"Hoje (Domingo) entrou o Ângelo, que tem 17 anos, o Balieiro, que tem 19. O Lucas Barbosa tem 21. É uma oportunidade de ouro. O Santos tem essa característica, esse DNA. Não é todo clube que dá essa oportunidade para jogadores jovens", analisou.

"Meu time é muito jovem. A semana para treinar vai ficar melhor. Vamos melhorar a recuperação, vamos jogar em casa. Essa semana vai servir para a gente estudar bem o Fluminense, que é difícil, porque é uma maneira totalmente diferente, que qualquer treinador brasileiro joga", finalizou.

Atual nono colocado do Brasileirão, o Santos enfrenta o Fluminense na segunda-feira, às 20 horas (de Brasília), na Vila Belmiro, pela 20ª rodada do torneio.