Fagner parabeniza Corinthians e se declara: "Sou um moleque do Terrão"

O Corinthians comemora seu 112º aniversário nesta quinta-feira e o lateral Fagner não deixou de parabenizar o clube. Porém, o jogador não fez apenas uma postagem, e sim mandou um recado para a torcida através de uma carta, publicada no site The Players Tribune, publicação digital que abre espaço para jogadores e demais profissionais do futebol.

No início Fagner não quis entrar no assunto sobre títulos e anos de glória, mas lembrou um jogo em específico contra o Goiás, válido pelo Campeonato Brasileiro, quando o Timão venceu por 1 a 0, gol marcado por Fábio Santos. Na ocasião, o jogador havia se recuperado de uma lesão no tornozelo e entrou em campo após quase seis semanas.

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"Quero falar sobre um jogo de meio de campeonato, que, para muita gente, já caiu no esquecimento das estatísticas. 19 de junho de 2022. E eu tenho que admitir, Fiel, eu estava ansioso. Ansioso como costumava ficar no começo da minha carreira no Corinthians, em 2006. Lembro de estar pronto para entrar, do auxiliar levantar a placa com o meu número, e eu até dar uma olhada para conferir se estava mostrando realmente o 23", escreveu.

"Quando pisei no gramado, já comecei a escutar vocês, cantando meu nome. Assim que peguei na bola pela primeira vez, vocês gritaram tanto que a sensação foi a de que eu tinha marcado um gol! Um lateral receber esse carinho todo? Isso me marcou muito. É algo que eu vou contar pros meus netos. Eu sou um moleque do Terrão, mano! E para um jogador do Corinthians, não tem nada mais f*** do que isso", complementou.

No decorrer da narrativa Fagner conta desde o seu primeiro contato com uma bola de futebol até os dias atuais. Entre os destaques do texto, o lateral sempre cita seu maior espelho na vida, seu pai, um dos seus maiores incentivadores.

O jogador deixou os títulos e momentos épicos do Corinthians de lado para se abrir e mostrar como realmente se sente dentro de campo, além de destacar a estrutura e referência do clube no meio do esporte.

Com ênfase em retratar a mensagem para o torcedor, Fagner disse que se sente nas arquibancadas às vezes, principalmente quando o som dos cantos sobe na Neo Química Arena.

"Quando estou no jogo, eu dou a vida. Vou disputar cada bola com a consciência de que em campo eu não sou o Fagner, sou as pernas de mais de 30 milhões de torcedores. Pra mim, isso é ser Corinthians. É não se conformar com a derrota, é a torcida gritar sem parar, tentar vencer até o final, seja do jeito que for", afirmou.

"Às vezes a gente toma um gol e o adversário pensa: agora essa torcida vai calar a boca. Até parece! Eles não sabem o que é a Fiel! Eles fazem gol e vocês gritam mais! O Corinthians é realmente diferente", finalizou.