Chefão do futebol asiático defende Catar diante das críticas
O presidente do futebol asiático, xeque Salman bin Ibrahim Al Khalifa, defendeu nesta quinta-feira a organização da Copa do Mundo do Catar, após as fortes críticas em relação ao respeito aos direitos humanos no país-sede, que se intensificaram nos últimos anos.
O xeque, que comanda a Confederação Asiática de Futebol (AFC) desde 2013, respondeu com um provérbio: "A caravana passa... E vocês podem completar o resto".
Ele quis dizer que, apesar das críticas, o torneio segue adiante.
"A organização da Copa do Mundo é maravilhosa e o ambiente é positivo. Não há nenhum problema no nível da infraestrutura e dos estádios no Catar", afirmou o dirigente do Bahrein, cuja confederação conta com 47 países-membros dos 211 filiados à Fifa, entre eles o Catar.
"Esta Copa será uma das mais exitosas", acrescentou Salman bin Ibrahim Al Khalifa.
Desde que a Fifa concedeu a Copa do Mundo ao Catar em 2010, o primeiro país árabe a sediar a competição, a entidade foi criticada por grupos de direitos humanos pelo tratamento aos trabalhadores estrangeiros, à comunidade LGBTQ+ e às mulheres no país.
Essas acusações foram enfaticamente negadas pelas autoridades, que afirmam ter reformado a legislação trabalhista, e pelos organizadores da Copa do Mundo do Catar, que garantem que os membros da comunidade LGBTQ+ seriam recebidos sem discriminação, em detrimento das normas que criminalizam relacionamentos homossexuais neste pequeno país muçulmano conservador.
Na quarta-feira, durante a tradicional foto antes do início da partida contra o Japão, os jogadores alemães colocaram as mãos sobre a boca, em sinal do silêncio imposto, enquanto a federação alemã enviou um comunicado contundente nas redes sociais para deixar claro que "direitos humanos não se negociam".
O Catar sediará a Copa da Ásia de 2023, depois que a China anunciou sua desistência em maio devido à pandemia de covid.
A Copa da Ásia é realizada a cada quatro anos. O Catar conquistou o troféu na última edição, em 2019, organizada nos Emirados Árabes Unidos.
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