Bia Haddad projeta temporada de 2023 e fala sobre superação em 2022 para entrar no Top 20 do Mundo

Um dos principais nomes do tênis brasileiro atualmente é a paulistana Beatriz Haddad Maia. Dona de uma ascensão meteórica em 2022, a jovem de 26 anos, ao fim da temporada, fez uma avaliação de seu ano e projetou seu 2023.

"A temporada foi excelente. Não tem outra palavra. No final do ano eu deixei um pouco a desejar com o que eu gostaria, mesmo sendo acima do que eu tinha colocado como objetivo. Eu podia ter conquistado algumas coisas mais. Mas olhando de janeiro para cá, tudo que eu consegui fazer... Meu primeiro objetivo era estar saudável, esse vai ser sempre meu primeiro objetivo. Eu tinha colocado como meta terminar o ano como Top 50, algo que eu nunca tinha feito. Eu estava 83 do mundo e terminei o ano 15 do mundo", disse.

Em simples, a paulistana iniciou 2022 na 83ª posição do ranking da WTA e fez grande escalada, conseguindo grandes resultados na temporada, finalizando o ano como a 15ª melhor tenista do mundo. Bia foi campeã dos WTA 250 de Nottingham e Birmingham e também do WTA 125 de Saint Malo, além de finalista do WTA 1000 de Toronto.

"Eu não me surpreendo, porque eu sempre acreditei e sonhei que poderia estar entre as 20 melhores do mundo. Dentro de mim, eu sabia que isso era possível, mas não esperava que fosse ser nesse ano e da forma como foi. Esse ano eu tive bastante pé no chão, bastante paciência. O que está acontecendo nesse ano é reflexo do que fizemos e suportamos de desconforto no ano passado. No ano passado eu estava perdendo a primeira rodada na África do Sul, então a gente teve muito motivo para duvidar, para achar que ia dar errado. Quando as coisas acontecem a gente acha que é algo normal, mas realmente esse ano foi algo acima do que eu estava planejando. Olhando para trás eu tenho bastante orgulho de mim e da minha equipe", contou Bia.

Agora, a tenista projeta sua temporada em 2023. Assim como foi em 2022, Bia conta que seu foco será totalmente nas disputas de simples. Ainda assim, não descarta disputar duplas para aprimorar sua técnica.

Mesmo sem ser sua prioridade, em 2022, nas duplas, ao lado da cazaque Anna Danilina, Bia foi campeã do WTA 250 de Nottingham e do WTA 125 de Paris, e finalista no Australian Open e no WTA 1000 de Guadalajara, além de ter se classificado no WTA Finals como uma das oito melhores duplas da temporada, feito inédito para o tênis feminino brasileiro, e ter terminado o ano na 13ª posição do ranking.

"Nas duplas aconteceu tudo isso com a Anna da forma que foi. Foi muito especial. A gente não era uma dupla que estava preparada para começar o ano jogando junta. Foi muito bacana tudo que a gente conquistou", disse Bia.

"Assim como foi esse ano, a dupla não vai ser uma prioridade para mim em 2023. Esse ano eu não coloquei como objetivo fazer final de Grand Slam, de Master 1000. Eu gosto muito de jogar dupla, sempre gostei do jogo e acho que ele me ajuda muito para a simples. Muitos dos meus resultados acabaram acontecendo depois que obter resultados nas duplas. Me ajudou a pegar ritmo, melhorar meu saque, minha devolução, meu jogo na rede. Com certeza a dupla vai fazer parte do meu calendário, mas não vai ser minha prioridade. Vou jogar poucas semanas", finalizou.