Tricampeão Pelé é o atleta mais jovem a vencer uma Copa do Mundo
O maior expoente da Seleção Brasileira, Rei Pelé faleceu nesta quinta-feira, aos 82 anos, após complicações de um câncer no cólon. O ex-jogador lutava contra o tumor desde setembro de 2021, quando passou por uma cirurgia para sua retirada e se tratava no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Com apenas 16 anos de idade, Edson Arantes do Nascimento já mostrava que marcaria época representando seu País. O jogador ganhou sua primeira oportunidade na Seleção Brasileira sob o comando de técnico Sylvio Pirillo, em um amistoso diante da Argentina. O então jovem talento entrou em campo na segunda etapa e precisou de 11 minutos para balançar as redes.
O Brasil saiu derrotado naquela partida, mas, três dias depois, com mais um gol do craque, a Seleção derrotou os argentinos por 2 a 0 e conquistou a Copa Roca de 1957, o primeiro título de Pelé representando seu país.
Um ano depois, foi convocado para a disputa de sua primeira Copa do Mundo, na Suécia. Sua estreia no torneio aconteceu contra a União Soviética. A partir daí, o ex-jogador assumiu a titularidade e chocou o mundo com as atuações que viriam a seguir.
Após um gol nas quartas de final, sobre o País de Gales, o meia-atacante anotou três tentos contra a França, na semifinal, além dos dois belos gols na decisão, com direito a chapéu no marcador.
Pelé tornou-se, então, o melhor jogador da competição e o mais jovem a levar para casa um troféu Mundial. Além da conquista em 1958, o atleta venceu a Copa de 1962 e a de 1970.
Em 1962, se lesionou e deu lugar a Vavá, que conduziu o país ao título. Já em 1970, Edson retomou o protagonismo e, com uma apresentação de gala diante da Itália, na decisão, levantou a taça.
Pelé, então, se despediu do torneio, sendo, até hoje, o único a ter três Copas do Mundo em seu currículo.
Como profissional, se despediu do Canarinho em 1971, em duelo contra a Iugoslávia, que terminou empatado em 2 a 2. No entanto, em celebração pelos 50 anos do craque, voltou a vestir a Amarelinha em um amistoso com a seleção do mundo, que contava com figuras como Marco Van Basten, Roger Milla, George Hagi e Stoichkov, dando adeus à seleção nacional como o maior artilheiro do país em todos os tempos, totalizando 77 gols. Neymar empatou com o Rei na Copa do Catar, diante da Croácia, nas quartas de final.
Ao longo de sua carreira, Pelé conquistou inúmeros prêmios, sendo dois deles os mais destacados no esporte: o de "Atleta do Século", concedido pela revista francesa L'Équipe, em 1981, e o de "Melhor Jogador do Século da Fifa", entregue em 2001.
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