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Rueda indica que Santos não deve aposentar camisa 10 em respeito à vontade de Pelé

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

30/12/2022 19h06

Nesta sexta-feira, o presidente Andres Rueda falou com exclusividade para o programa Gazeta Esportiva, da TV Gazeta, sobre a possibilidade de aposentar a camisa 10 do Santos após a morte do Rei.

Em um primeiro momento, o mandatário afirmou que gostou da ideia, mas voltou atrás após ver um vídeo do ex-jogador alegando que não gostaria de ver o número parado.

"A nossa ideia está indefinida ainda. Enquanto o conselho não decidir, a gente vai aposentar pelo menos por esse ano, mas surgiu um vídeo do Pelé em que ele é perguntado sobre isso e ele diz que a camisa não deveria ser aposentada. A gente ainda tem que conversar, mas a vontade do Rei tem que ser respeitada", comentou.

No vídeo em questão, Pelé disse ao Canal Desimpedidos que "é melhor, talvez, deixar o número 10 porque aí o pessoal nunca vai esquecer".

"Até ver o vídeo, eu gostaria de aposentar. Mas, depois de ver a opinião do Rei, não tem o que discutir. Não tem sentido discutir quando o próprio Rei fala que ele seria contra. A grande homenagem é a camisa 10 em campo", completou Rueda à Gazeta.

O pedido para que o Santos aposente a camisa 10 partiu da própria família do ex-jogador. O Conselho do Santos irá se reunir nos próximos dias para discutir o tema e tomar uma decisão oficial.

Maior ídolo da história do Santos, Pelé morreu nesta quinta-feira, aos 82 anos, após complicações de um câncer no cólon. O ex-jogador lutava contra o tumor desde setembro de 2021, quando passou por uma cirurgia para sua retirada e estava se tratando no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O Rei será velado na Vila Belmiro, onde o ex-jogador brilhou por 18 anos. O corpo seguirá do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, direto para o estádio do Peixe na madrugada da próxima segunda-feira. Na terça-feira será realizado o cortejo pelas ruas da cidade.

Pelé vestiu a camisa do Santos por 18 anos. Foram 1116 apresentações com 1091 gols marcados. Ao longo de toda carreira, foram 1365 partidas e 1282 bolas na rede.

O ex-jogador foi o artilheiro do Campeonato Paulista nos anos de 1957 até 1965, depois em 1969 e, por último, em 1973. No ano de 1958, marcou 58 gols no Estadual, registrando um recorde.