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Cartola da FPF lamenta casos de manipulação de apostas: 'paixão em xeque'

Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, participa do UOL Entrevista - Reprodução/MOV
Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da FPF, participa do UOL Entrevista Imagem: Reprodução/MOV

redacao@gazetaesportiva.com (Redação)

17/05/2023 11h32

O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, se manifestou nesta quarta-feira sobre o esquema de manipulação de apostas no futebol brasileiro.

O que aconteceu

Reinaldo lamentou o episódio e ainda afirmou que o mesmo coloca "em xeque" a credibilidade e paixão envolvida no esporte. Por outro lado, o dirigente falou sobre a importância de debater o assunto e encontrar soluções para conter a manipulação.

O dirigente também disse que a Federação Paulista é pioneira no combate à manipulação de apostas. De acordo com Reinaldo, a entidade começou a se mobilizar em prol do tema a partir de 2015 e, desde então, tem colaborado com as autoridades e secretários de Justiça na fiscalização e investigação.

O que ele disse

"Quanto mais se fala disso, quanto mais se vê uma denuncia, uma suspensão, é melhor. Oito atletas já estão sob suspensão preventiva, é disso que a gente precisa. Precisa de ação e atitude, tirar esses caras da zona de conforto", comentou o presidente da FPF.

"Por isso que estamos aqui, para falar disso, para encontrar soluções e achar caminhos. O futebol precisa de vocês. A nossa paixão está sendo colocada em xeque, vamos virar esse jogo e vencer", completou.

Entenda o caso

A Operação Penalidade Máxima, comandada pelo Ministério Público de Goiás, é o novo marco no combate ao esquema de manipulação de apostas no futebol brasileiro. Segundo investigações, estima-se que, pelo menos, 13 partidas sofreram adulterações, sendo oito do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, uma da Série B de 2022 e quatro de Campeonatos Estaduais realizados em 2023 (Goiano, o Gaúcho, Mato-Grossense e o Paulista).

Até o momento, nove apostadores e 15 jogadores já foram denunciados pela Justiça de Goiás, entre eles o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos. No entanto, mais de 40 atletas são citados nas investigações. Quatro deles preferiram entrar em acordo e admitiram a culpa, tornando-se testemunhas do caso. Já alguns foram afastados pelos seus respectivos clubes, enquanto outros, como Nino Paraíba, que estava no América-MG, tiveram seus contratos rescindidos.