Muricy fala sobre Marinho, busca por atacante e crise financeira do São Paulo
O São Paulo segue empenhado em cumprir um desejo antigo para reforçar o seu elenco: contratar um jogador que dê mais velocidade ao setor ofensivo. O coordenador técnico Muricy Ramalho explica que esse tipo de peça daria uma versatilidade importante para o Tricolor disputar as competições da temporada e competir com os rivais mais fortes do país.
"Pelo tipo de jogo que temos, de transição, trocando passes, estamos buscando no mercado alguém de velocidade para mudar isso quando for necessário. Continuamos atrás sempre de um velocista. Se o time não tem uma alternativa tática não surpreende mais ninguém", afirmou o ex-treinador, em participação na live do canal do Arnaldo e Tirone nesta quinta-feira.
O nome priorizado pelo São Paulo era do meia-atacante Marinho, que fez sucesso com a camisa do Santos e está no Flamengo. A negociação chegou a avançar, deu a impressão que acabaria com um final feliz, porém o jogador resolveu permanecer no futebol carioca. Assim, o Tricolor desistiu, por enquanto, do acerto.
"O Marinho era o cara que pensamos primeiro. Sei que é chato falar, mas temos dificuldades financeiras. Os caras fazem milagre lá dentro (do São Paulo). Você não tem ideia. O Marinho era uma oportunidade. Ainda não temos como competir com outros times. Temos que falar a real. O Marinho joga pelo lado do campo, é rápido, faz gols, já foi atleta do Dorival. Mas agora ficou difícil, ele preferiu ser reintegrado ao Flamengo", explicou Muricy Ramalho.
Junto com o insucesso na negociação de Marinho, o São Paulo teve que administrar nesta semana a volta das informações sobre novos atrasos nos direitos de imagens de parte do elenco - em alguns casos, chegaria a 3 meses. Segundo Muricy Ramalho, a diretoria do São Paulo, liderada pelo presidente Julio Casares, está jogando aberto com os atletas e explicando a real situação.
"É muito ruim, você trabalhar e não receber, é a pior coisa do mundo. Os jogadores estão entendendo. A gente não sossega enquanto não consegue pagar. O presidente foi atrás hoje mesmo disso. Você paga um aqui, dois ali. É uma loucura o que o Casares passa. Nós mostramos a dificuldade e que estamos indo atrás. Não estamos com má vontade. Temos que pagar muitas dívidas. Semana passada foi pago alguma coisa, essa semana vai ser de novo", destacou Muricy, que reconhece a realidade totalmente diferente do Tricolor em relação a anos anteriores.
"Na minha época (de técnico), o São Paulo não pagava no dia, pagava antes. Agora, com toda essa dívida... Eu não participo da área financeira, nem quero, mas a gente vê. Esses empréstimos que pagam, os juros são uma loucura", finalizou o comandante do tricampeonato brasileiro do clube em 2006, 2007 e 2008.
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